Quero mais ... Noite de velas ...

Um caminho de velas, pequenos focos de cera, iluminando a penumbra do corredor que vai dar ao teu quarto. Pequenas línguas douradas, que dançam sobre a parede, ao ritmo do ar que fazes moverem com o teu quadril. No fim do quarto a tua cama, coberta por um manto de pétalas de rosas vermelhas, só um tarado como eu é que gosta de limites de paixão, quero uma noite diferente, quero que sejas a mais linda flor no meio das outras flores.

Sobre a almofada está um envelope, e dentro dele, uma pequena carta, algumas linhas escritas, com palavras de paixão, de desejos contidos. Pegas na carta, lês e olhas-me, sorris com aquele sorriso que só tu podes presentear-me, que te faz brilhar como se de um milhão de estrelas cintilantes estivessem à flor da tua pele, e fazes com que o espaço entre nós fique iluminado.

Vens ao meu encontro, beijas-me, devagar no inicio, um breve roçar de lábios sobre os meus, para acrescentares a pressão pouco a pouco, de uma forma quase impercetível, até que chega o momento em que com os lábios vãos os dentes e mordes-me, e eu mordo-te, estico os teus lábios para melhor penetrar com a minha língua a minha boca, devoramos a fome alimentada pela paixão, enredando línguas como se duas serpentes se devorassem mutuamente.

As velas continuam a arder lentamente e iluminam-nos, recortam as nossas sombras contra a cabeceira da cama e tingem de laranja a tua pele, a do pescoço que devoro e lambo, a dos teus ombros que chupo e aperto com os meus dentes, fazendo-te gemer, entre gemidos da tua boca no meu pescoço, aspirando com força, absorvendo o aroma morno de meu cheiro. A tua pele arrepia-se, apodero-me dos teus peitos, como tu gostas, sem subtilezas, deixando-me arrastar pela ansia e o desespero de os ter na minha boca e os engolir, o teu mamilo teso entre os meus dentes, estico e mordo de leve, para o soltar e voltar a procurar e chupar como um bebé, intensamente.

Sobes para mim, esfregas o teu sexo contra o meu, movendo as tuas nádegas numa dança infernal que faz-me retorcer sobre a cama, enquanto afago as tuas costas, aperto as tuas nádegas, enquanto palmeio com firmeza, tudo isto faz com que te apertes mais contra mim, como se quisesses arrancar o meu sexo do corpo, esfregas-te nele, excitado, a crescer e a engrossar ao sentir a tua humidade sobre ele.

Todo o ar vai se enchendo do suave aroma do teu sexo, que empapado molha-me, os meus dedos procuram essa humidade, para se molharem nela, para lubrificar o teu cú, tocar intima e profundamente, apertas-me mais e os meus habilidosos dedos vão esfregando o teu clitóris, penetrando o teu sexo e acariciando o teu cú, começas a gritar e o teu primeiro orgasmo chega e derrubas-te sobre o meu peito, o teu coração frenético batendo com toda a força no meu peito.

E não paras, não deixas de mover-te, porque queres mais, sempre queres mais como eu, e somos os dois tarados por estes prazeres e não posso fazer outra coisa, se não acompanhar-te, falo ao teu ouvido e digo-te palavras de desejo, o que desejo, que quero estar dentro de ti, fazer um ser único, fundido, que preciso fornicar-te, e fazer-te vir mais, deitas-te sobre a cama, e os lábios do teu sexo brilham de tão molhados estarem, um sorriso largo desses lábios que chamam-me, palpitantes. Deixo-me cair sobre ti, enquanto rodeias a minha cintura com as pernas, o meu sexo penetra no teu, mais dentro, mais ainda, mais do que tu querias, mais do que a minha vontade pode.

De novo mordes o meu pescoço para calar o grito que nasce de um novo orgasmo, furioso e sem freios, uma onda de calor abate-se sobre o meu sexo, mas não paras e exiges que não pare, acelero os meus movimentos dentro de ti, agarrada á tua almofada e o meu ser no teu interior e a minha alma a cada beijo, dou-te tudo. Notas, sentes, a sabedoria memorial das mulheres, e agora que mo pedes, falas-me entre gemidos, dá-me mais, esses gemidos, a tua voz domina-me e faz o controlo total do meu corpo e caio no poço com fundo do orgasmo que te presenteio e em cada golpe das tuas nádegas sugas mais e derramo-me todo dentro de ti.

Mas não paramos, o meu sexo excitado e a penetrar sem parar, a tua língua percorre o meu pescoço, beija-o, chupas a orelha o que me excita em demasia, sinto os teus peitos a ficarem como rochas e os teus gemidos de mais e mais, sinto-me amarrado a ti, condenado pela pena capital do teu corpo, réu de morte dos teus beijos…

Beijos J.