Quero mais ... Vem ...


- Vem.

Três letras, apenas estas três letras, mas as suficientes para trazer-me a reminiscência de prazer incontestável.
Fiquei parado na ombreira da porta, olhando-te. Nua sobre a cama, de joelhos, as costas erguidas, o teu rosto olhando a parede, sem querer ver-me. Aproximei-me devagar conforme a minha ansiedade permitia, beijei a tua nuca, afaguei os teus cabelos, beijei o teu pescoço, os teus ombros, deslizei a minha boca pelas tuas costas, enquanto as minhas mãos se acoplavam nos teus peitos como duas peças de um tabuleiro de xadrez, na perfeição. A sensação de sentir os teus mamilos crescendo entre meus dedos, não posso comparar com nada deste mundo, quiçá de outros, mas não deste. Lentamente, endurecem-se, arranhando as palmas das minhas mãos, arrancando o perfume de rosas.

O teu dorso, é a estrada que me leva até éden, o caminho que andarei uma e outra vez, almejando a chegada, mas desfrutando da viagem. Deixas o teu corpo cair para a frente, deixando o teu cú e o teu sexo, descobertos para mim. A sua visão é singelamente embriagadora, e não posso passar sem morder os meus lábios com a ânsia de que a próxima mordedura seja a tua carne e não a minha. Levas as mãos às tuas nádegas e com uma sublime delicadeza, aparta-as, ofereces-te, submissa, entregada, dando-me todo o teu ser, esperando que receba tudo o que tens para me dar. E não descolo da tua petição, faço o teu corpo o meu, e minha língua cresce e se multiplica, e os meus dedos tremem indecisos, sem saber que prega da tua pele acariciar.

Começo por tocar no teu sexo, leve, sem o penetrar, lambo devagar, desde o fim das costas, deslizo pelo reguinho, chego ao teu cú, e faço alguns círculos e entretenho um pouco a minha língua, desfruto o tacto, notando como se abre e fecha, como vibra ao contacto do meu alento, continuo lambendo, desloco-me em direcção ao teu sexo, e quando chego, sinto na ponta da minha língua a tua humidade, olho, está brilhante e sedoso, entreaberto, quente, com a língua penetro apenas a tua entrada e faço força para que ela deslize entre os teus lábios até chegar ao teu clítoris, que chega e sinto-o duro, sensível, palpitante, sinto os teus arrepios e os teus gemidos surdos, começo a devorar o teu sexo, sem medo, adoro o cheiro e o seu sabor.

Agarras-te com força aos lençóis, e vais abrindo as tuas pernas lentamente, começas a esfregar o teu sexo na minha boca e queixo, a minha barba de um dia ao roçar em ti, excita-te mais, sei disso, tenho a porta da perdição, mesmo em frente à minha boca, começo a penetrar com dois dedos o teu sexo, roço o teu ponto G, sinto-o, rugado mas macio, leve e empolado, com a minha boca, agarro o teu clítoris e chupo-o freneticamente, faço-te o minete mais adorável, masturbo-te o clítoris com a língua e com a boca, os meus dedos continuam entrando e saindo do teu sexo, sempre roçando de leve a tua zona mais sensível, não gemes, apenas soluças ao compasso dos meus dedos e língua, estou tão envolto na minha façanha que quando sinto os teus fluidos a escorrer e o teu corpo franzino em compulsões, é que sinto o cheiro e sabor do teu orgasmo, empapado do néctar da tua vitalidade colo a minha boca à entrada do teu sexo, absorvendo-o totalmente.

Giras, sorris, fincando os teus olhos verdes nos meus, levas a tua mão ao meu sexo teso, e aproximas a tua boca, primeiro dás um pequeno beijo húmido, depois o abocanhas e começas a sugar com força, com violência, não queres que dure, queres tudo e já derretido na tua boca, enquanto passas a ponta dos teus dedos pelo meu cú, aceleras mais e mais, e claro, o meu tesão em forma de explosão, não podia fazer outra coisa se não encher a tua boca com o meu orgasmo e ouvires os meus ruídos quase selvagens de prazer.

Agora és minha dona, e eu sou vítima da tua estratégia. Voltas-te novamente de costas para mim, voltas a oferecer-te, por isso, devoraste-me sem concessões. Querias eternizar o combate, alongá-lo, e rendo-me porque as tuas artes de mulher dominam-me, e vejo-me arrastado numa espiral de desejos, deixando-me levar sem querer, tão pouco lutar, separo as tuas pernas, agarro o meu sexo, massajo um pouco, passo os dedos no teu sexo, completamente molhado e penetro-o, enchendo-o, começo um vai e vem lentamente, enquanto um dos dedos da minha mão faz círculos no teu cú, isso dá-me uma excitação extra, porque sinto o meu sexo a inchar e a crescer dentro de ti e tu notas porque o teu sexo o acolhe como uma luva, ajustando-se, dentro e fora do teu e em redor, vibras para o fazer crescer, engrossar e alongar-se em cada movimento do teu quadril, o teu cú está relaxado, semiaberto, retiro o meu sexo de dentro do teu para penetrar o teu cú, reluzente, faminto e eu faminto dele.

Agora não há sussurros, não há gemidos, só gritos, loucos de prazer, só palavras pedindo mais, que exigem mais, que me pedem tudo e que rezam, quiçá, para que não pare nunca. É a loucura do prazer, a tua mão afaga o teu sexo, eu vou retirar o meu porque está muito inchado e não quero rebentar o teu cú, retiro-o e penetro novamente no teu sexo, pedes para não deixar o teu anel vazio, meto um dedo e masturbo o teu cú, enquanto o meu sexo delicia-se novamente dentro do teu, para acabar contigo, comigo. Não posso entrar mais em ti, ainda que quisesse, nem posso acelerar mais, ainda que a minha vida dependesse disso. Dou-te tudo, tudo o que sou, tudo o que puder ser, todo eu. Empapas-me dos teus fluidos da tua alma selvagem, escorrega pelos meus tomates, pelas tuas coxas, enchendo a cama, o meu céu, o meu inferno, a antessala da perdição. O orgasmo arde nas minhas veias, nas tuas, e chocam numa explosão que nos deixa derrubados sobre os lençóis, dois corpos enredados que não querem se separar, quem sabe, para poder voltar e escutar a dizeres apenas as três letras.

-Vem.

Beijos
J.

Quero mais ... No centro comercial ...


Onze de Fevereiro de dois mil e nove, centro comercial el corte inglês, Vila Nova de Gaia, piso um, secção lingerie, tinha acabado de subir as escadas rolantes, olhei à minha volta e não te vi, andei mais um pouco e acabei por encontrar-te, tinhas estado agachada a ver algo. Aproximei-me, olhas e sorris, cumprimentamo-nos com dois beijos faciais, estavas vestida de minissaia justa, umas meias pretas de encaixe, finas, sapatos de meio tacão e um casaco de fazenda muito fofo, cumprimentamo-nos e falamos um pouco enquanto ias vendo a lingerie, perguntava-te o que gostavas, ris e diz-me que não trazes lingerie no corpo, mostrando uns modelos e fazendo insinuações de como eles ficariam em ti, aquele teu olhar malicioso começou a dar-me algumas ideias.

Escolhi quatro modelos para provares, disse-te que eram os meus preferidos, dirigimo-nos aos provadores, eu fico por perto, tu dirigis-te à menina e mostras as peças que vais provar, espero que me chames para apreciar, fico mais ao lado, vejo qual a porta que entras e disfarço à espera do teu sinal, esse sinal veio mais rápido do que esperava, olhei para a menina que controlava as peças e nesse momento sigo com rapidez, entro e tu fechas logo a porta.


Olho-te de uma forma maliciosa, aquele olhar que te coloca nervosa, comentas o que acho, se fica bem, digo que sim, mas coloca outro para ver como ficam, ofereço-me para ajudar. Sentes a minha mão a acariciar os teus ombros, enquanto vou baixando pela tua coluna, começo a beijar o teu pescoço, por detrás, estás quase nua, apenas a lingerie, está frio e estás um pouco arrepiada, mas a minha respiração nas tuas costas e pescoço, acalmam-te.

Desaperto o soutien, ele cai, continuo por detrás de ti, sem dizer nada, apenas beijando-te, estás de frente ao espelho e podes ver o meu rosto e os meus gestos, até agora só vias eu a beijar-te o pescoço e as costas e não olhava para ti, mas agora, depois do soutien, o meu olhar no espelho vendo os teus bonitos peitos, não consigo resistir e as minhas mãos começaram a subir pela tua cintura até aos peitos.

Sinto a tua pele a ficar quente, massajo um pouco os peitos e noto entre os meus dedos os mamilos a ficarem erectos, mmmmm, começas a gemer baixinho, as nossas respirações começam a acentuar-se, o meu sexo começa a ficar empolado dentro dos boxers, olhamos o espelho e os nossos olhares cruzam-se, as tuas mãos chegaram às minhas e vão tomando iniciativa, apertas as minhas e guia-las por todas as partes, empurras as tuas nádegas contra o meu sexo, sentes o meu tesão, estou excitado e as minhas calças oprimem o meu sexo, sem rodeios levas uma mão ao meu inchaço e começas a o acariciar em movimentos circulares.

Com um pouco de força, dou-te a volta e com o meu olhar intenso transmito-te por telepatia o que pretendo, ajoelhas-te e com a cabeça à altura do meu sexo, apenas fecho os olhos, dou-te o sinal para que inicies, acaricias-me os tomates e o sexo, louco e teso, mas acaricias ainda por cima das calças, para depois desapertares o fecho eclair e meteres a mão dentro e tirares o meu sexo para fora das calças, amacias e acaricias com a mão, masturbas-me, está firme, e estás a ser má, queria que a chupasses e apenas a tocas, estás a deixar-me maluco de tesão, estás à espera que não resista, que não possa mais, simplesmente acaricias o meu sexo duro lentamente, sentes a minha respiração pronunciada, estou um pouco tenso e começo a mover o meu quadril, dando-te a entender para que inicies.

Vais esquivando-te docemente com simples beijos e carícias suaves, sei que está ganhando mais tamanho e firmeza e isso deixa-me louco, os teus gemidos também, agarro os teus cabelos e digo-te para o comeres de uma vez. Sei que gostas do meu tom agressivo. Sei que te excito mais.

Começas a chupar o meu sexo, lentamente e pouco a pouco apanhas mais ritmo, tentas o meter o mais fundo na tua garganta, tal como eu gosto, ficas quase sem respirar, e chupas mais e mais, sugas bem, a tua boca completamente aberta, os teus lábios carnudos e suaves a correr a pele macia do meu sexo, estou excitado que não quero pensar onde estou, sinto que ficas excitada com o chupar e sugar do meu sexo, quando chupas com este ritmo é porque estás excitada e a ficar com vontades, estamos tão quentes que eu quero que nunca acabe este momento delicioso, mas sei o que pretendes, puxo-te para cima pelos ombros, retiro a pequena tanga que estavas a provar, abro-te um pouco as pernas e acaricio o teu sexo empapado e de lábios abertos.

Sinto-te muito molhada, afago e acaricio os teus lábios e o clítoris, isso dá-me um tesão extra, beijo-te com mais vontade, enquanto vou tocando-te e acariciando-te com a minha mão. Estamos de pé e tu estás de frente ao espelho, eu por detrás acaricio-te e pelo espelho consegues ver como te toco e isso excita-te. Giro-te um pouco, mas ainda na mesma posição, apoio-te com as mãos contra a parede do espelho, a nossa respiração começa a embaciar o espelho, vejo que respiras ofegantemente, e sem mais qualquer aviso pego no meu sexo e coloco a minha glande à entrada do teu, faço um pequeno círculo na tua entrada e depois de uma só vez, meto pelo teu sexo dentro, a-a-a-a-aq-q-q-qu-uu-u-u-e-e-e-e-eb-b-b-bb-o-o-o-oo-m-m-m-m-m-mm-, acabas por soletrar.

Está tão dura, parece que custa a penetrar as entranhas profundas, mas a pouco e pouco dilatam-se, e é assim que gostas, que te penetre lentamente, avançando aos pouco, para que desfrutes da óptima sensação, sei que gostas que te penetre desta forma e por detrás, agacho-te um pouco, sei que estás numa posição um pouco incómoda, mas adoro ficar assim e ver-te excitada e submissa. Puxo um pouco as tuas nádegas para trás, em pompa, acelero um pouco o ritmo, sou um viciado em sexo e adoro-o fazer em lugares públicos, nunca o tinhas feito, e estavas no inicio preocupada, mas agora esse pensamento desvaneceu por completo da tua mente, estou tão quente que vou dizendo que não irei resistir muito tempo, faço-te endireitar, agora de pé e completamente recta, penetro-te com os meus joelhos um pouco dobrados, olhas o espelho e agora podes ver o meu sexo a entrar e sair do teu e isso deu-te uma excitação extra, levas uma mão ao teu clítoris e começas a massajar, os teus gemidos intensificam-se e misturam-se com os meus.

Estás completamente nua, eu estou apenas com as calças descidas até aos pés juntamente com os boxers, sinto a tua excitação e sei que estás perto de um orgasmo, a tua mão masturbando o teu clítoris e por vezes fazendo a cruz no meu sexo, coloca-nos para além da racionalidade, transporta-nos para o mundo do prazer, em que nada pensamos, apenas na felicidade momentânea.

Dou-te a entender que quero mudar de posição e giro-te para mim, ficas de frente, cara a cara. Baixo a minha mão sobre a parte interior da tua coxa e levanto um pouco a tua perna, depois levanto-te a outra e encosto as tuas costas ao espelho e o meu sexo erecto, nem precisou de guia, encontrou o teu e penetrou-o, agarras-te ao meu pescoço e começas a beijar-me, sabes que isso me excita muito, enquanto te penetro começamos a beijar-nos na boca, sei que gostas desta posição, das vezes que entramos no teu apartamento e a parede do hall é o nosso sustento, gemes muito e fazes baixinho, aperto-me mais contra ti, coloco as minhas mãos mais por baixo das tuas nádegas e abro-as para sentir os meus tomates a bater nelas com toda a força, espero que a parede de gesso cartonado aguente.


Sinto que começa a faltar-te o ar, roço todo o teu sexo, estás frenética, começas a elevar o som dos teus gemidos, beijo-te na boca para que te acalmes e não gemas tão alto, mas sinto que nos vão ouvir e de repente começas a apertar-me, sinto o teu sexo a contrair-se ritmadamente e essas contracções fazem com que me excite e expluda quase ao mesmo tempo que tu, os nossos fluidos saem de nós, estamos muito lubrificados, não paro, continuo no mesmo ritmo anterior e tu vais ficando novamente louca, o meu sexo apesar de sentir as tuas contracções está mais folgado no teu interior.

Finalmente, paramos, ajudo-te para que não caias, estás fraquinha, com as pernas flácidas, apoias o teu corpo em mim, dou-te um beijo, visto-me e digo-te para trazeres a lingerie que mais gostas, abro um pouco a porta do provedor a pensar que lá ia estar um segurança e não sei um quanto numero de pessoas, mas não, apenas a menina que controla as entradas e saídas do provador, olhou para mim, estava corada, olhei o seu rosto e sorri, depois o nome dela na lapela da blusa, e ao passar a seu lado, disse-lhe que a minha amiga ia levar os conjuntos todos porque lhe ficavam muito bem. Apenas sorrio com ar malicioso.

Beijos
J.

Quero mais ... Margarida ...


Há alguns anos atrás, antes umas semanas do Natal, e em conversa com um colega que é muito solidário em causas nobres, aliás é um voluntário de alguns organismos internacionais, telefonou-me a pedir se não podia ir com ele a uma instituição de órfãos invisuais, levar uns teclados que tinha recebido de um organismo espanhol, teclados em Braille. Aceitei o seu pedido e fomos à instituição levar o referido material, depois de termos entregue, ele pediu para o aguardar um pouco lá numa sala, que tinha de falar com o director. Aceitei porque a referida sala tinha uma biblioteca sensacional, muitos livros em Braille, outros não e de bons autores. Vasculhei em algumas instantes e comecei a folhear um e outro livro, em pé, estava tranquilo, tinha todo o tempo.

Entretanto a porta do salão que fazia de biblioteca, abriu-se, e uma jovem com a sua bengala vem directamente a mim, desviei-me e ao fazer bati com o ombro numa instante e os livros caíram, fiquei atrapalhado e fui-me desculpando, rindo-me da trapalhada feita. Ela também riu com um riso claro e a sua voz produziu uma sensação estranha no meu peito, que fez com que me detivesse em frente a ela e ainda alguns livros no chão.

- Já me tinha dado conta que alguém estava aí. Disse baixando-se para ajudar a apanhar os livros.

Nesse momento, olhei a sua cara e dei-me conta que era realmente formosa. A sua tez branca, o seu nariz respingado e umas preguitas nas bochechas, davam-lhe um ar um tanto travesso, usava um casaco fino de malha de cor branca tingida e umas calças castanhas de fazenda apertadas, este conjunto de roupa, deixavam ver as suas linhas corporais, que não eram poucas. O que mais me chamou a atenção, é que não usava nem óculos, nem lentes escuras como os outros cegos, e os seus olhos pareciam normais, excepto que os mantinha fixos, girando unicamente a cabeça completa quando falava.

- É o senhor da IGSTREDS? Disse.
- Sim, sou. Disse ficando a pensar que é difícil ser subtil com uma mulher cega, assim não caio em tentações.
- José pediu-me que te acompanhasse enquanto terminava com o director. Disse.
Recolhia o último livro caído, coloquei-o na estante e também o que tinha estado a folhear.

- Qual é o teu nome? – Disse, enquanto arranjava os livros na estante.

- Margarida.

Até o seu nome era perfeito... e para minha surpresa nesse momento não me importei que fosse cega, já nem sequer me parecia um defeito.

Ela começou a começar a caminhar, fazendo girar a sua bengala e eu sem o pensar disse:

- Não! Agarra o meu braço, é melhor.

- Obrigado, posso sozinha... - disse meia zangada e pensei rapidamente a maneira de sair daquele embaraço.

- Por favor, não quero que leve a mal, apenas quero a ajudar.

Ela sorriu, levou a sua mão à procura do meu braço que facultei o caminho e rapidamente o abraçou e começou a andar, quase me levando aos empurrões. A sua pele era suave e o contacto da sua mão na minha dava uma sensação demasiado agradável, disse-lhe que nunca tinha levado um invisual pela mão, para ela me ensinar como o fazer, e enquanto dizia isso, parou, e uma das suas mãos procurou o meu rosto, começou a passar a ponta dos seus dedos como se de uma carícia se tratasse.

- Permissão... - disse com um sorriso.

- Já o estás a fazer de modo que continua. Guiei a sua outra mão para minha boca para lhe demonstrar que estava a sorrir.

Quando terminou, aferrou-se no meu braço e começamos a caminhar até uma bancada no pátio interior da escola. Conversamos todo o momento e aproveitei o para lhe perguntar que relação tinha com José e disse-me que só eram amigos. E após alguns minutos, José chegou, falamos um pouco e ao despedir-me da Margarida, perguntei se podíamos conversar mais um pouco outro dia, ela disse que sim, estava meio tonto pela emoção, despedi-me com um beijo na sua bochecha.

Quando íamos já a caminho do carro, o meu amigo, deu-me uma pancada com a mão nas costas e disse-me que ela era como uma irmã se tentasse algo que me matava, para depois começar a rir para aliviar a ameaça.

Passados dois dias procurei a Margarida, falávamos um pouco na biblioteca da escola, começamos a conversar, três dias por semana, depois falávamos todos os dias. Ela tinha perdido a visão já sendo uma menina, por culpa de um tumor que apesar de ser benigno era até ao momento impossível de ser retirado, pelo que conhecia as cores e as formas. Em toda a parte do nosso tempo, dedicava-me a ler-lhe contos, a ler uma história, ela contava-me de livros, autores, de arte, sim de arte, muito letrada, culta e inteligente, tinha poesia nas suas palavras, dizia-lhe alguns poemas, uma vez sentados na relva do parque li-lhe uma série de poemas, sabendo que a sua imaginação conseguia se transportar a esses lugares como se os visse, tentava narrar ao pormenor as nuvens, as arvores, as estrelas, o mar…

A verdade é que nunca tinha conhecido alguém como ela e ainda agora as lembranças daqueles dias enchem-me de uma nostalgia que me é difícil expressar com palavras. A minha mente chega a lembrança de um dia, em especial este em que nunca me tinha atrevido a passar para além de um beijo e algum roçar casual na sua anatomia, já que agora saímos para lugares públicos.

Nesse dia, um sábado levei-a ao meu escritório, comecei a descrever o prédio desde o exterior, a sua constituição, as cores, os materiais, depois o hall, o porteiro, de seguida o elevador e por fim a porta de entrada. Entramos e disse-lhe o código que introduzia no teclado numérico do alarme, de forma a ele não disparar, depois corri todos os gabinetes de secretários, secretárias, salas de reuniões e por fim o meu, mostrei-lhe em apalpadelas a mesa redonda, as cadeiras, a minha secretária, o computador, etc., sempre indicando as cores, que era o que mais adorava saber e imaginar, fazia com que a sua mão sentisse os materiais. Aquele dia tinha sido combinado, pela sua curiosidade em conhecer o meu local de trabalho e queria o conhecer sem ruídos, isso só seria possível, num fim-de-semana. Propus e aceitou, daí estarmos aqui.

Vestiu-se de uma maneira especial, senti isso, nunca a tinha visto assim, tinha colocado uma saia não muito comprida, plissada, azul-marinho, uma blusa branca com um folheado na parte dos botões que transparecia os seus peitos cobertos por um sustento de encaixe branco interior, estava esplendorosa, em todo este percurso que a acompanhei, ela sempre esteve junto a mim, agarrando o meu braço, permitindo todo este caminho sentir o seu corpo como poucas vezes tinha me atrevido. Sentamo-nos no cadeirão junto á janela, cadeirão que costumo em horas a sós estar esticado a ler, coloquei os painéis decorativos das janelas a formar uma luz ténue que entrava, coloquei uma música suave, e quando me sentei a seu lado trazia um livro que tinha prometido ler, ela chegou-se a mim e com a ponta dos seus dedos começou a acariciar o meu rosto, como daquela primeira vez que nos vimos.


- Gosto da tua cara de menino maroto, mas envelhecida. Disse.

Quando lhe ia dizer a minha idade, ela fechou os meus lábios com um beijo. A sua boca parecia feita de mel e os seus beijos pareciam transportar-me a outro mundo. As minhas mãos por instinto começaram a percorrer o seu corpo, por cima da sua blusa. Sem deixar de me beijar, os dedos de Margarida começaram a abrir a minha camisa e a percorrer o meu peito. As suas carícias eram tão delicadas e a sua pele tão suave que me produziam uma sensação infinita de impulsos, ademais as suas mãos percorriam um a um todos os meus músculos, foi então que que dei conta que além das carícias estava memorizando o meu corpo.

- Gostava de aprender a fazer isso, quando me vais ensinar? Disse quase sem pensar.

- A fazer o quê - disse um pouco estranha.

- A percorrer assim a minha pele, dá a impressão que estás a gravar a cada centímetro e isso eu gosto...

- Se... quero recordar-te para sempre - disse com uma risada e prosseguiu.

Já que estávamos nessa, coloquei as minhas mãos no seu joelho e lentamente comecei a percorrer o caminho das suas coxas, por baixo da sua saia. Ela deixa-me fazer e quando ia chegar ao seu sexo, ela mudou de posição e começou a beijar o meu peito deixando as minhas mãos demasiado longe para terminar o meu percurso pelas suas coxas. De modo que comecei a abrir a blusa de Margarida enquanto roçava a pele exposta dos seus peitos com as pontas dos meus dedos imitando a forma como ela o tinha feito na minha pele.

- Não me leste ainda o livro prometido. - Disse por fim, fechando um pouco a blusa.

- Não tinhas pedido - disse enquanto procurava o livro que entretanto tinha caído ao chão.

Quando me agachei para recolher o livro, a vista sublime das suas pernas e a sua calcinha branca como a neve, bloqueava-me e parei atónito naquele cenário. Ela, de alguma estranha forma pareceu que naquele momento se deu conta do que fazia ou via, levou a sua mão à minha cabeça, olhei o seu rosto, a sua expressão era de desejo, e isso provocou a minha libido.

- Vem, lê e faz um pouco de carinho. Disse.

Abri o livro e fui à página que lhe queria ler, comecei a ler, encostou-se a mim, e ao fim de alguns minutos, começou a beijar o meu pescoço, levando uma mão ao livro fechando-o, levou as mãos à minha camisa que só faltavam apenas dois botões para ficar desabotoada, desapertou-os e retirou-me a camisa, começamos a beijarmo-nos novamente.

- Deixa-me tocar as tuas costas – disse. Estiquei-me no cadeirão de boca para baixo.

Ela começou a percorrer suavemente a pele dos meus ombros com os seus dedos produzindo uma sensação estranha, mas agradável, e eu para lhe dar espaço desapertei o meu cinto. Realmente não sei como, mas naquele momento dei-me conta que estava apenas com o boxer e ela estava sentada em cima das minhas nádegas, com as mãos nas minhas costas, dedicando-se a percorrer o meu corpo com os seus lábios, os seus peitos nus e o seu ventre. A sensação era indescritível, já que estava a ocupar todo o seu corpo em carícias e podia notar o delicado roçar do seu sexo nas minhas costas através do delicado tecido da sua calcinha. O meu cérebro parecia que ia ter um colapso de tantas sensações novas e perdi outra vez a noção do tempo... ou melhor dizendo que desejava que nunca parasse. Mas, de repente algo perturbou os meus pensamentos

- Quero que conheças o meu mundo - disse se detendo abruptamente.

- Agora? – A minha voz soou decepcionada.

- Vamos, não acho que te vás arrepender, fecha os estores e traz um lenço.

Com estranheza procurei um lenço e depois fechei todos os estores. Tudo ficou escuro.

- Vem cá - disse-me e eu sentei-me às apalpadelas outra vez no cadeirão, já que os meus olhos ainda não se tinham acostumado à escuridão.

Margarida colocou-me o lenço nos olhos como uma venda, cuidando de manter os meus ouvidos livres e afastou-se um pouco de mim.

- Não tinha muito mas algo encontrei - disse e apoio a minha cabeça no seu regaço. As minhas mãos começaram a acariciá-la e para minha surpresa dei-me conta que se encontrava nua.

- Tranquilo... deixa-me a mim - e separou as minhas mãos do seu corpo.

Aproximou um peito ao meu rosto e lentamente começou a roçar a ponta do seu mamilo sobre o meu rosto. De imediato uma erecção no meu sexo, fez-se notar, apertando-o contra o boxer, e não sei bem como, mas ela pareceu o notar.

-Sentes algo? – Disse.
- Sim, é agradável. Ao dizer-lhe isto, começou a passar um objecto redondo e algo áspero pelo meu rosto.

-Que é isso? Disse, estranhando.

- Também é agradável?

- Não é o mesmo - realmente estava estranhando.

- Porquê? Qual é a diferença? – A sua voz pareceu-me similar à que usava a minha mãe, quando me repreendia em miúdo.

- Porque é rugoso e cheira a laranja. Disse. E nesse momento compreendi, não tinha colocado atenção a que cheirava a sua pele, nem também ao seu sabor...

- Deixa-me ver a que cheiram os teus peitos. Respondi.

Levantei-me e tacteando, chego a eles. Os peitos de Margarida tinham um cheiro doce e subtil, mistura do aroma da sua pele e o delicado perfume que ela usava. Coloquei a minha língua com muita suavidade e provei o sabor salgado da pele dos seus mamilos, dando-me conta da subtil diferença. Cada vez que encontrava algo diferente ia comentando as minhas descobertas no seu ouvido com uma voz suave e vibrante. Surpreendia-me com a facilidade com que se formou na minha mente uma imagem, cada vez mas detalhada de cada parte pela que passava com os meus lábios, mas esta imagem estava sobreposta com cheiros e sabores o que fazia que o corpo de Margarida parecesse escapar às três dimensões que normalmente estamos acostumados, produzindo-me uma sensação de vertigem.

Quando ia pelo seu ventre o cheiro da sua pele mudou drasticamente e o sabor salgado incrementou-se, tinha momentos em que Margarida dava pequenos gemidos, especialmente quando me aproximava do seu pescoço para lhe comunicar as minhas descobertas. O novo aroma da sua pele era agradável e acordou uma parte do meu cérebro que nunca pensei algum dia descobrir. De repente senti-me incrivelmente excitado mas como não desejava que isto acabasse, só me contentei em percorrer com a ponta dos meus dedos o caminho até ao seu sexo para o tocar um pouco. Não me surpreendeu em nada comprovar que estava molhada e o contacto das minhas mãos nessa zona produziu um estremecimento em todo o resto do seu ser.

- Mostra-me tuas costas - disse e ela se pôs de bruços.

Com muito cuidado comecei a morder a sua orelha e a respirar no seu pescoço. Com os meus lábios rocei a pele dos seus ombros para depois seguir lentamente pelas suas costas através da sua coluna vertebral. Margarida começou a revolver-se emitindo pequenos grititos mas eu não prestei atenção, desejava percorrer cada centímetro do seu corpo de modo que sem pressa varri as suas costas e as suas nádegas, enquanto com a minha mão acariciava a sua vulva.

De repente ela deu a volta e disse desesperada:

- Basta, João.

Algo dizia-me que não estava bem. Tirei o lenço dos meus olhos e via-a na penumbra. Via o seu rosto triste e os seus olhos fixos de boneca. Estendeu as suas mãos procurando o meu rosto e eu as agarrei no ar, beijei-as com ternura, depois segui pelos seus braços e beijei a sua boca húmida e doce. Com o movimento do beijo, deitei-a docemente no cadeirão e comecei a percorrer o seu corpo sem a deixar de a beijar.

Aquele cheiro subtil voltou da sua pele, de modo que comecei a beijar o seu pescoço, os seus peitos, o seu ventre e o seu sexo. Fechei os olhos e afundei a minha cabeça entre as suas pernas. Os meus lábios pareciam ter vida própria e pela primeira vez atrevi-me a embriagar-me com o seu cheiro. Para minha surpresa não encontrei nenhum cheiro desagradável, naquele momento a minha excitação disparou e comecei inconsciente a percorrer todos os seus poros com os meus lábios e a minha língua. Margarida revolvia-se como tentando separar-me e por outro lado enterrava-me com as suas mãos profundamente em si, enquanto gemia.

Um orgasmo descomunal apoderou-se do seu corpo e quando tudo acabou agarrou-me pela cabeça e sem lhe perguntar algo deu-me um beijo desesperada, deitando-me para o lado, colocou-se em cima de mim e enterrou violentamente o meu sexo dentro do seu, movendo-se furiosamente enquanto gemia. Os seus peitos balanceavam com um compasso frenético, mal acompanhava com as mãos o seu ritmo. O segundo orgasmo foi coisa de segundos e este foi tão terrível e intenso como o anterior.

Pensava que ia parar, mas ela continuava movendo-se, e desta vez foi diferente, a forma de balancear das suas nádegas mudou, colocou uma mão no meu rosto suavemente, enquanto outra apoiava na minha barriga, Coloquei as minhas mãos nos seus peitos duros, apertei os mamilos erectos e ela aproveitou esse apoio extra para acelerar o ritmo das suas nádegas e agregar-lhe um movimento circular.

Esse movimento começou a deixar-me louco e ela já o notava, acelerou o mais que pôde. Ao que parece ela estava à espera do meu orgasmo, começou a gemer e a esfregar o seu clítoris contra mim, a expressão ténue do seu rosto mudou e nesse momento perdi-me no prazer do meu orgasmo, enquanto ela atingia o prazer pela terceira vez. Caiu rendida nos meus braços e lentamente começou a esfregar-se de novo, lentamente, uma vez mais beijei os seus lábios, tentando dissipar os seus fantasmas, mas ela separou-se.

Olhou para mim, na escuridão que já não era escuridão, tinha-me habituado, vi que algumas lágrimas caiam-lhe dos olhos, com os meus dedos limpei o seu rosto.

- Vou ser operada em Cuba, para a semana. Disse sem que eu compreendesse bem a que se referia.

- Estarei aqui esperando-te. Disse. A verdade é que após aquele dia sentia-me capaz de qualquer coisa por ela. Sentia-me apaixonado por ela.

- Não vou voltar.

Ante essa notícia não soube realmente o que dizer, fiquei calado.

- Tenho-me que ir - disse ela enquanto tacteava em procura do lugar onde tinha deixado a sua roupa.

- Não vou deixar que isto termine assim. Disse, enquanto a ajudava a encontrar a roupa e a colocava nas suas mãos.

- Que vais é inevitável, mas deixa-me tentar convencer-te que regresses, disse pegando na mão dela e colocando-a no meu rosto, para que sentisse a minha expressão de tristeza.
Depois dei-lhe um beijo longo e terno e guiei-a até ao banheiro.

Margarida foi-se da minha vida, para não regressar mais. Procuro-a incansavelmente…

Beijos
J.

Quero mais ... Paixão desenfreada ...


Este relato, desenrola-se em poucas horas, claro que antes, teve a sua história e depois também. É sobre três pessoas, dois homens e uma mulher, e misturam-se muitas coisas, entre elas, desejos, paixões, sexo, inveja, ódios, etc, poderia desenvolver muito sobre o relato, é verdadeiro, poderia estar horas aqui a escrever, na verdade daria um bom livro, mas por enquanto, só vou relatar a parte do sexo, e mesmo assim não toda, apenas o que me apetece. E é assim, mais ou menos a história de João, Giulio e Fiona.

Eram dez horas da manhã, João acabava de aterrar no aeroporto de Milão, Itália, depois do check-in cada vez mais demorado, chegou à gare principal, tirou o telemóvel do bolso das calças, marcou o número de Fiona, informou-a da sua chegada, sentou-se um pouco, satisfeito e relaxado, depois de alguns minutos, recebeu um toque no seu telefone, era o combinado, Fiona esperava-o na saída do terminal, esperava ansiosamente, por fim, iam-se encontrar.

Caminhando, apenas com uma mala de roupa, chegou à saída e efectivamente ali estava ela, radiante, formosa, bem vestida, uma italiana de meia-idade, muito bonita, em pé, encostada à porta do seu pequeno e desportivo carro preto, metida num vestido preto que se ajustava como uma segunda pele ao seu corpo, notava-se que nada deveria ter mais por baixo.

João aproximou-se de Fiona, para abraçá-la e a beijar com uma paixão longamente desejada de poder cristalizar, ao beijarem-se e misturar as suas línguas e salivas, as mãos deste homem escorregaram pelas suas costas, até achegar às suas nádegas, redondas e duras, por cima do tecido ténue que a cobria, nota como ela estremecia com o seu beijo e suas carícias, mas a buzinadela de um taxista, devolveu-lhes a realidade.

Fiona entregou as chaves do carro a João, para que fosse ele a conduzir, e deu a volta abrindo a porta do passageiro, não dando tempo a ele dizer que não, João contornou o carro, meteu a mala no porta bagagens, e sentou-se ao volante, colocou o cinto de segurança. Arrancou o carro e dirigiu-se à saída do aeroporto, seguindo as instruções de uma feliz e sorridente Fiona, entrou na via rápida que dava para a cidade, momento em que mais relaxados, começaram a falar.

Tanto tempo levavam sonhando com aquele momento, que não podiam crer, mas ali estavam e ela não deixava de falar, explicar coisas, peripécias da vida, enquanto João escutava e sorria. Uns momentos antes de entrar na cidade, Fiona começou a subir o seu vestido, aquelas pernas morenas, lindas, bem depiladas, eram o panorama mais soberbo, mas a estrada tinha muito transito, pegou numa das mãos de João no momento em que acabava de engrenar uma velocidade, levou-a ao seu sexo, para que comprova-se a excitação que sentia, e com um sorriso nervoso, confessou que se sentia inundada ainda mais, ao sentir o sexo molhado nos seus dedos, João começou a ficar excitado, começou a abrir os lábios vaginais empapados daquela mulher e também começou a introduzi-los dentro do sexo, ela arqueou-se um pouco, abriu as pernas, João meteu mais algumas vezes, depois retirou-os, olhou os seus dedos, tinham gotículas dos fluidos de Fiona, ela olhou para os seus dedos e sorrio, João levou os dedos á sua boca, lambeu-os, saboreou-os, enquanto Fiona o olhava nos olhos, estava ruborizada ao mesmo tempo que excitada.

Ao entrar em Milão, voltou a dar indicações a João por onde devia seguir, depois de uns quarteirões, chegaram a uma pequena casa, Fiona retirou da sua maleta um comando que accionou os portões de entrada e garagem, disse para meter o carro na garagem, depois de entrarem, accionou novamente os comandos dos portões, fecharam-se, ali iam encontrar –se com Giulio, porque aquela ia ser uma reunião, muito especial.

Só três dias atrás é que João, teve conhecimento da existência afecto amorosa de Giulio, Fiona tinha-lhe explicado que amava loucamente dois homens, ele e Giulio, depois de muito discutirem telefonicamente, ela disse que tinha de conhecer Giulio, que não podia viver só com um homem, porque amava os dois, já tinha falado com ele e tinha acordado o encontro, queria estar com os dois homens da sua vida, juntos, João depois de pensar muito, aceitou o convite.

Saíram do carro, já dentro da garagem, abriu uma porta interior de acesso a umas escadas de caracol, ia subindo e chamando por Giulio, e ao subirem as escadas, João começava a pensar como e porque tinha aceitado este estranho jogo, preferia estar uma tarde inteira com Fiona, a sós. Mas o mundo em que se moviam, regia-se por normas diferentes ao resto da humanidade, eram uns poucos, apenas aqueles que eram tudo aquilo que os outros não são, dominantes e submissos, e na verdade também queria estar com os dois ao mesmo tempo.

Ao recordar essas palavras, recordou que Giulio era seu conhecido, até que Fiona que tinha sido sua submissa, pediu-lhe para a libertar dos problemas pessoais e familiares que tinha tido em Portugal e era acompanhada nesse tempo por Giulio, como seu confidente e advogado italiano, sentia-se perdida e desesperada, João, depois de uma luta em tribunal de alguns meses, conseguiu libertar Fiona, e nunca tinha pensado na relação sentimental de Giulio com Fiona, eram despercebidos e discretos, mas as reuniões fora de horas no escritório de João, estudando o caso, pormenores, fez o inevitável, a paixão de ambos, Fiona e João.

João, sabia que Giulio o odiava e invejava, e sabia que Fiona nas deslocações a Portugal, caía sempre nas mãos de João, era a única maneira de possuir Fiona, por essa razão odiavam-se, sentindo o desfazer da boa amizade de Giulio e João, Giulio sentia-se perdido e desesperado e ela não queria acabar, nem com um, nem com o outro, queria apaziguar o ódio, fazendo aquele encontro, num reconhecimento da que tinha sido uma boa amizade.

E agora, estavam ali os dois, esperando a chegada de Giulio, que afinal não estava em casa, o menu estava quase servido, primeiro seria o apertar de mãos, depois beber um copo, de seguida a sessão de sexo entre a Fiona e Giulio, com o João a assistir e assim seria o primeiro desejo de Fiona a ser cumprido, depois os três e por fim só o João com Fiona, para que se pudesse cumprir o desejo de Fiona em estar sozinha com o João.

Um menu louco, sem dúvida, pensam alguns, mas se fosse só sexo não estava mal, mas existia muito mais, Fiona amava Giulio, ambos o sabiam, mas da mesma maneira, Fiona amava o João e isso sabiam os três, e se alguém duvida, posso informar que se pode amar mais que uma pessoa ao mesmo tempo, mas, para que o prólogo continuasse, parece algo com mais enredo, mas na verdade é assim como sucedeu, e depois de uns pouco minutos de espera, Giulio apareceu, radiante e feliz, alegre por ver a sua Fiona e depois de estender a mão a João, tinha havido uma sólida amizade e também uma certa concorrência no mundo profissional, mas ambos se respeitavam e tinham apreço.

Um longo beijo com Fiona, que girou e olhando o João, que a abraçou e beijou, já na sala, Fiona abriu uma garrafa de champanhe e verteu o seu liquido espumoso em três flutes compridos, brindaram à saúde e à amizade, pousaram de seguida os copos no aparador branco junto á mesa, Fiona estava excitada, estendeu os braços para ambos, João aproximou-se e beijou-a de leve o pescoço, mesmo por detrás da orelha, o seu perfume inalou-se pelas narinas de João como um narcótico, subindo à sua cabeça e fazendo-o esquecer de tudo externo aquele momento, uma das mãos de João, deslizou pelas costas de Fiona até encontrar o fecho do seu vestido, devagar desapertou, a única prenda que cobria o seu corpo, caindo lentamente a seus pés, acariciando a pele dela durante o uns momentos e vendo a beleza do seu corpo, os seus peitos, pequenos e tesos, os seus mamilos sobressaindo-se pela excitação e o seu sexo depilado, Fiona era consciente do seu poder, da sua atracção sexual, desde sempre o sabia e o tinha utilizado, mas agora entregava-se às mentes dos outros, para ser dirigida, ainda que o dia de hoje, era diferente, duas vontades, dois desejos, iam levar a submeter-se, e isso a mantinha em estado de maior excitação, porque esses seus dois desejos, eram os seus dois amores, juntos e ao mesmo tempo.


Mas, a suposta ementa foi alterada, ela pôs-se a retirar as calças de Giulio, depois desapertou a camisa de João, para acariciar o seu peito peludo e beijar os seus mamilos, enquanto desapertava o cinto das calças de João, esfregava os seus peitos contra o peito e ventre de João, foi descendo até se ajoelhar e baixar as calças e o boxer em simultâneo, deixando a descoberto o sexo erecto do João.

Um leve toque da sua mão indicou a Giulio que se sentasse ao lado dela, enquanto beijava com carinho aquele sexo duro e erecto do João, Giulio, tirou-lhe os sapatos de salto alto, as meias finas e discretas dos pés e começou a beijar com deleite cada dedo, cada parte do pé, subindo pelas pernas, depois as coxas, besuntando pelo caminho, já estava toda estendida no chão. Fiona, incorporou-se, observando o João esticado, levou a sua mão ao seu sexo, estava realmente inundado e um sorriso iluminou o seu rosto, gateando sobre o tapete, sentou-se de costas a Giulio e sobre uma das suas pernas, elevando-se um pouco sobre ela, levantou um pouco o pé e colou o seu sexo empapado à perna, esfregando-o sobre ela, dobrou o joelho do João, e começou a subir e a esfregar o seu sexo até ao cimo, até deslizar por ele, o seu cheiro estava a ficar impregnado na coxa do homem, João incorporou-se no chão, colocando Fiona com as suas nádegas contra o seu sexo, mas ela recusou, dizendo que tinha de esperar, Giulio, já nu e ver aquela postura de Fiona, aproximou-se dela, oferecendo o seu sexo um pouco flácido, para que o acordasse, e olhando o João, e fez um gesto claro de que podia começar a fazer o que lhe apetecesse, ao que João actuou, esfregando com a sua glande o sexo aberto e molhado de Fiona, ao mesmo tempo que ela saboreava e engolia o sexo de Giulio.

Giulio arranjou a cabeça de Fiona entre as suas mãos, enquanto o seu sexo endurecia-se e aumentava de tamanho, movia o seu quadril, penetrando a boca da mulher, impetuosamente, e ela aguentava cada investida, João, penetrava o sexo de Fiona, enquanto com as mãos separava as nádegas da mulher e acariciava com a ponta dos dedos o seu cú também humedecido, penetrava devagar sem deixar de penetrar o sexo que se apertava contra o seu.

Fiona, ao ser investida pela frente e por trás, sentia ondas de prazer, todo o seu corpo cobriu-se de uma humidade brilhante da transpiração, enquanto Giulio de vez em quando olhava a investida do João e continuava a penetrar a boca de Fiona, olhava como o João metia os dedos no cuzinho anelado de Fiona, com dois dedos já penetrados, e movendo-os no seu interior, João retirou o seu sexo do sexo depilado e espumado da mulher, preparando-se para penetrar o seu cú, o sexo do João estava grande e todo empapado dos fluxos de Fiona, e a empurrou com força naquele cú dilatado, até chegar a meter totalmente e sentir os seus tomates apertando-se contras as nádegas femininas.

Giulio, retirou o seu sexo da boca de Fiona e ajudou-a a sentar-se nas coxas de João, separando as suas pernas o suficiente para que pudesse penetrar o seu sexo, e Fiona gemia loucamente ao notar que ambos os sexos masculinos dos seus amados estavam dentro dela, uma fusão de paixão, amor e sexo, sentia-se feliz, explorada sexualmente e com um prazer nunca tido anteriormente, os tomates de ambos os homens se tocavam, esbarravam em cada investida, sincronizados de forma a não saírem e darem o máximo de prazer a Fiona, enquanto uma mão agarrava um braço de Giulio, a outra tentava acariciar e agarrar os tomates dos dois homens, estava louca, gritava muito, nesse instante, um orgasmo incrível a sacudiu, do interior do seu sexo, saíram regos de liquido, como se estivesse ejaculando, de facto, havia perdido tanto o controlo que na realidade urinava-se toda, molhando o tapete, ao mesmo tempo em que tremia toda, ela tapava a sua boca para amortecer os gritos de prazer, ambos os homens decidiram ao mesmo tempo, a deter-se e a sair de dentro dela, que ficou em joelhos sobre o tapete empapado de líquidos sexuais e urina, estava a gemer ainda e toda transpirada.

Giulio afastou-se uns instantes para procurar umas tolhas de felpo para enxaguar, Fiona debilitada do momento, recompunha-se, fomos os três para outra parte da sala, mas também coberta por um tapete, mais suave, talvez de pura lã virgem, sentei-me ao seu lado e comecei a acariciar o seu ombro, ela olhou-me e sorrio, levou a sua mão ao meu sexo e começou a masturbar-me, fez o mesmo com a outra mão no sexo de Giulio, as suas mãos experientes faziam as delicias, aninhei-me um pouco e comecei a beijar o seu mamilo, dando mordidelas e puxando com os lábios sugava, ela começa a deixar escapar os primeiros gemidos, fazia-o de forma alternada em cada mamilo, as suas mãos sincronizadas baixavam e subiam nos nossos sexos já erectos, Giulio incorporou-se de forma em que ela o pudesse masturbar e começou a lamber e chupar o clítoris de Fiona, ela inclinava a cabeça e começava a gemer com mais intensidade, nas chupadelas que Giulio lhe dava, via como o seu sensível clítoris crescia, eram gemidos intensos de prazer.

Os dois homens juntaram-se em frente de Fionda, as suas mãos frenéticas, moviam-se masturbando ao mesmo tempo e o momento do duplo orgasmo masculino que ansiava conseguir. Sucedeu, João primeiro, Giulio quase ao mesmo tempo ejaculou, longos jorros de sémen, caíram sobre a cara e boca de Fiona, mesclando-se no seu rosto, e ela tentava recolher com a sua língua enquanto saboreava e seguia ordenhando os sexos deles, que não deixavam de espalhar sémen também contra a sua cabeça e cabelos, peitos, ventre, quando viu que tinha espremido tudo, recolheu o sémen espalhado pelo seu rosto, tragando-o ansiosa, devorava e saboreava com deleite enquanto o seu sexo voltava a ficar cheio de tesão, o prazer tinha-se multiplicado com os aqueles estímulos, e começou por lamber delicadamente o sexo de Giulio, limpando-a de qualquer resto de sémen e a seguir fez o mesmo a João.

Giulio, levantou-se, disse que não podia ficar mais, tinha um encontro profissional urgente e inadiável, levantamo-nos, Fiona beijou-o na boca, João apertou-lhe a mão e despediu-se dele, depois encaminhou-se para a zona em que estavam os flutes de champanhe, pegou no mais cheio e bebeu todo de um golo. Entretanto, Giulio, vestiu-se e saiu. Fiona, aproximou-se de João, encostou-se a ele, beijou-o nos lábios, agarrou o seu sexo, dizendo:

- Agora estamos sozinhos…

Beijos
J.