Quero mais ... Cheiros latinos ...


Andava com o stocks de perfumes abaixo do normal, queria um outro diferente, uma fragrância nova que envolve-se, visitei perfumarias, mas nada encontrava de especial.

Tinha ouvido falar de uma perfumaria que tinha aberto em Santiago de Compostela, Espanha, com fragrâncias especiais e perfumes caseiros, algo transcendente. Na semana seguinte, tinha uma conferência de dois dias perto dessa cidade, ia visitar. Percorrendo as belas e estreitas ruas de uma cidade magnífica, uma cidade com um carisma intenso religioso, mas com o pecado a morar por lá, até que cheguei à dita casa, que não era perfumaria, nem nada que se parecesse, mas sim, um tipo de casa chilena ervanário.

Na entrada e de imediato, fiquei envolvido pelos cheiros que vinham do seu interior, tinha um aspecto invulgar, eram fumos, cores castanhas com misturas roxas, rosas, algo que cativava a explorar, entrei, os meus sentidos já levitavam, na verdade algo especial ocorria lá dentro, sem saber definir.

Comecei a andar pelo corredor e quase nenhum perfume conhecia, cheiros de fumos, madeiras e de repente a voz feminina, dizia: “-Chanel nº 5, tem bom gosto!”, Fiquei um pouco perturbado por aquela mulher conhecer o perfume que usava, um perfume feminino que misturava com um ligeiro toque citrino de um outro. “- Sei do que procura, venha comigo por favor!” Dizia, acabei por a seguir e deparamos com uns frascos caseiros, rótulo escrito manualmente a identificar o frasco, como sendo uma mistura de uma substancia proibida e que não menciono com ervas colhidas e tratadas por métodos ancestrais, tirou a rolha de cortiça e deu-me a esfregar no pulso, logo fiquei entusiasmado, disse que levava aquele, paguei e fui para o hotel. Como sabia os meus gostos aquela mulher?

No hotel, queria ver o efeito persuador que esse perfume ia-me trazer, tomei um duche, sequei-me de forma a deixar um pouco a pele húmida e levei levemente o perfume à cara, pescoço, axilas, peito e para terminar no meu sexo, apenas o rasto de uma gota. Peguei numa camisa branca de algodão, uns jeans um pouco coçados, uns ténis e um casaco azul, roupa que sempre levava em viagem para informalidades. Já sentia uma extraordinária sensação de sedução, mas tinha que provar que aquele aroma iria provocar algo nas mulheres, então resolvi sair e fui a um bar havaiano, numa das ruas paralelas ao hotel, um bar que tinha passado à porta e tinha gostado da música que se fazia ouvir suavemente na rua.

Ao entrar, senti um aroma a café e fumo, uma música rápida mas sensual, um ambiente extraordinário, exótico e senti um pouco de erotismo no ambiente, estava calor lá dentro, um calor humano, as mulheres vestiam poucos trajes, eram clientes e outras serventes. Cheguei perto do balcão, sentei-me num daqueles bancos longos e pedi um café capuccino com canela. Olhei em volta, as mulheres dançavam livremente, umas passeavam-se ao redor de clientes, mãos esquivavam-se pela pouca roupa que traziam, roupas provocadoras, envolventes como o ambiente, de repente, uma mão no meu braço diz: “-Senhor, aqui está o seu café.” Olhei, estava do lado de fora do balcão, e ao virar-me fiz com que o pano branco da limpeza, que trazia no pulso, caísse, foi mesmo sem propósito.

Desci do banco, mas já não fui a tempo, aquela mulher já se tinha baixado, via-se uns fartos seios morenos, por baixo do seu top fino, as luzes de néon, resplandeciam por entre eles, ao levantar-me ela se encostou ao meu ouvido, e disse: “-Gosto do seu aroma!”, fiquei lisonjeado e feliz por ter ouvido aquelas palavras, e nem tempo tive de dizer mais nada, ela se encostou a mim e perguntou se lhe pagava um café, disse-lhe que sim, com a minha voz encurtada, engolindo em seco, então ela pegou-me na mão, e eu a outra chávena do café na outra e fomos para um canto solitário, pelo caminho ela encostava o seu nariz ao meu peito, inspirava aquela minha fragrância.

Coloquei a chávena em cima de uma mesa redonda, de aspecto envelhecido, apoiava-se no meu peito, deslizando o seu nariz pelo meu pescoço, provocando-me sensações de arrepios que me faziam tremer, enquanto uma das suas mãos desapertava os botões da minha camisa, deixou-se escorregar pelo meu peito, sussurrava: “-Que cabeludo, meu macho.” Roçando os lábios bem perto do meu ouvido, de seguida pelo meu pescoço e sorrindo maliciosamente. De repente, voltou-se para se deixar cair delicadamente de costas sobre o meu corpo, apoiou as suas nádegas contra o meu sexo, para com movimentos cadentes, dançar literalmente sobre o inchaço que se desenhava nas minhas calças. Estava com o pensamento feliz, sentia a música como ecos nos meus ouvidos, o perfume tinha-nos deixado embriagados.

Suas inquietas mãos, entravam por cima das minhas calças e numa expressão de surpresa, disse: “-Estás nu por baixo? Uffffff”, as mãos não se detiveram e sem qualquer pudor tomaram o meu sexo, para o acomodar virado para cima, sem antes desfrutar o tacto e depois para o acomodar entre as suas nádegas, somente separados pela endurecida tela das minhas calças, e onde um suave vaivém iniciava uma massagem, deslizando-se pela marcada figura sexual que já me fazia doer nos meus jeans apertados, oprimindo o meu orgulho entre carícias de nádegas muito carnosas e suaves, enquanto o seu pescoço se debatia para beijar o meu e o seu nariz absorvia longamente o meu perfume.

Deixei-me levar, não tinha sensatez na minha mente, esse dia. Cheio de tesão e com sensações loucas, as minhas mãos não resistiam e levei-as aos seus peitos, começando a os acariciar suavemente sobre o tecido que os cobria, depois, temerosamente levei-os à sua pele, mas a reacção imediata dela, foi retirar o que os cobria, para que as minhas mãos deslizassem levemente sobre eles num ritmo circular e de carícias e umas expressões de satisfação. Os seus mamilos emergiam como dois botões de rosas em floração, enfiados entre os meus dedos, apertava de leve e sentia mais fricções no meu sexo, os seus mamilos ficavam maiores, longos e duros.

A sua pele estava toda eriçada, os poros se levantavam, sentia a sua pele áspera, os seus lábios tremiam enquanto o seu quadril não perdia o ritmo suave e constante nas minhas calças. Sentia o meu sexo erecto, duro e perdia-se no meio das suas nádegas, excitados pela música, pelo clima, pela fragrância do meu perfume, a sua cintura de vez em quando parava o ritmo sobre o meu sexo, e se virava para ver que a glande saia dos jeans, ficando toda de fora, então com os dedos apertava, deixando-me com dores e ao mesmo tempo prazer.


As extraordinárias sensações isolaram-me do ruído do bar, enquanto a minha mente divagava entre suspiros de excitação, minhas mãos livres de opressão e escrúpulos, deslizavam pelo seu ventre até se perderem por dentro dos seus calções, descobrindo os pelos púbicos, enredando-me neles e brincando. Deslizei um pouco mais abaixo e a sua pele estava húmida, os lábios vaginais completamente escorregadios, ao tocar o seu clitóris, senti uma onda de convulsão no seu corpo, estava muito sensível, nesse momento em que os meus dedos já o acariciavam a fricção das suas nádegas foi mais intensa sobre o meu agoniado sexo, que se debatia entre a vida e a morte, para finalmente explodir dentro dos meus jeans, e sem ocultar o meu orgasmo exprimi um gemido de paixão apertando a sua orelha contra os meus lábios.

Anunciei que acabava de me vir. A sua mão escorregou por baixo dos meus jeans, certificando-se do facto, estava todo melado, retirou os dedos todos melados do meu sémen e levou-os á sua boca com um sensual chupar, de seguida beijou-me deu-me o pano branco da limpeza, que estava em cima da mesa com o meu café frio e esquecido e escreveu um bilhete entregando-me. Nesse bilhete estava escrito: “- Dolores, Calle xxxxxxxxxxxx, 27, telefono yyyyyyyyyyyyy, 01:00 manana. Quiero-te!”.

Ao sair do bar ia-me rindo com uma expressão estúpida e idiota da performance do perfume e do meu peganhoso esperma colado à barriga…

Beijos

J.