Quero mais ... A prima Amélia ...


Um dia triste, um familiar falecido, naquele dia sentia-me estranho, gostava da pessoa falecida, tinha admiração e respeito por alguns ideais que possuía, mas a vida é assim, não escolhemos a hora que queremos partir, por enquanto.

Saí da capela, quando por entre muitas pessoas avistei a minha prima Amélia, radiante, via-se a perfeição das suas curvas no longo vestido preto e fino que vestia. O luto, fazia-a impecável na sua vestimenta, os encaixas do vestido a fazia atraente, mantinha a mesma descrição e os mesmos passos sedutores e elegantes desde sempre. Não a via pessoalmente há mais de 25 anos, apenas nos comunicávamos por escrita.

Como se pressentisse que alguém a olhava, rodou a cabeça um pouco e fincou o seu olhar em mim, um sorriso se desenhou nos nossos rostos. Pestanejou, olhou e reconheceu-me, algo me transmitiu no meu pensamento, sempre tivemos isso em comum desde muito pequenos, os nossos olhares faziam-nos adivinhar o que pensávamos, até chegamos a fazer jogos com essas cenas.

Afastou-se de passos largos de salto alto e pernas bem torneadas da multidão, fazendo curvas entre jazigos e tumbas, aonde uma vez por outra se detinha a ler o epílogo dos mausoléus, virava disfarçadamente a nuca para me ver, comecei a me afastar lentamente das pessoas que me rodeavam, olhei-a longamente e pensava como poderia contornar a situação para lhe poder falar. Ela afastava-se em direcção às capelas da zona celestial, zona que albergava os ossos de santidades, profetas e ricos, uma zona bastante afastada e bonita rodeada de cedros e elegantes arvores, por fim consegui alcançá-la.

Tomei-a pela cintura, e disse: “-Olá prima, temi não te reconhecer, estás bela e sensual como nunca. Como tens passado?” e dei-lhe dois beijos, um em cada face, mas fiz questão de lhe dar uns beijos com os lábios húmidos e sem pressa. Sentiu-se surpreendida com a minha saudade, mas de seguida falamos um pouco de coisas quotidianas, nossas famílias, a vida, os parentes, e alguns outros assuntos sem relevância e de fazer apenas conversa. E assim chegamos aos carinhos, ela deslizou as suas mãos pelo meu rosto, pelas minhas bochechinhas, como recordando-se de como eu era nos tempos de adolescente, e nos jogos inocentes que fazíamos indistintamente de sermos primos.

Um dos seus dedos, deslizou pelo meu nariz até se deter nos meus lábios, correu a linha da união de uma ponta à outra da minha boca, fazendo sentir um gosto especial e uma excitação prematura, as minhas mãos continuavam lá, nos seu quadril, mas, aquele deslizar dos seus dedos, o seu olhar penetrante e como ela e eu lemos as nossas almas desde os tempos de criança, levou a nos desejar.

Desci um pouco as minhas mãos, até às suas nádegas, continuavam duras apesar de os anos terem avançado, percebeu a telepatia e a química sempre existente e levemente a sua cabeça foi-se inclinando em direcção à minha acabando por unirmos os nossos lábios num beijo sensual, apaixonado e muito húmido. Estávamos atrás de um daqueles jazigos enormes e com árvores, ninguém nos observava e o padre fazia a missa ao defunto.

As minhas mãos sentiram-se livres para acariciar as suas nádegas sem vergonha nem pudor, muitos anos tinha sonhado e esperado por aquele momento. O seu vestido comprido e fino, fui puxando até sentir a sua pele crua e quente, tinha as nádegas completamente descobertas, apenas usava um fio dental, acariciei, as bordas inferiores das nádegas, deslizei os meus dedos pela prega da esquerda para a direita em simultâneo com as duas mãos, e continuávamos nos beijando, a língua dela sugava a minha umas vezes, a minha percorria o interior da sua boca deslizando suavemente pela parte inferior e depois pela parte interna dos lábios, ela acompanhava o meu ritmo, as suas mãos que antes abraçavam as minhas costas largas, deslizavam agora timidamente para o meu ventre, uma das minhas mãos deslizava a sua calcinha para o lado da bochecha, e o meu dedo começou a percorrer o aquele rego desde o inicio do cóccix até sentir o seu sexo, passando e rodopiando a sua esfera anal.

A temperatura subia a cada carícia, as mãos percorriam as suas partes mais intimas, ávidas pelo desejo, passamos a nos acariciar de uma outra forma, estava a ficar com o meu sexo duro e excitado que foi sentido pelo tacto de uma das mãos de Amélia, que o percorreu por cima das minhas calças de fazenda inglesa, desde os meus tomates até à minha glande, os meus dedos continuavam o percurso entre o seu rego anal e deslizando já até à entrada do seu sexo que se encontrava humedecido, e regressando com dois dedos completamente encharcados do seu pré-liquido lubrificante vaginal, até ao seu cú, deslizando e penetrando levemente, aonde se adivinhava um pequeno relaxamento para a introdução mais fácil, assim como uma contracção para apertar o desejo que se tinha introduzido.

Mas o local não era o melhor, abrimos a porta do mausoléu e perdemo-nos em seu interior, retirei o casaco, e coloquei o em cima de uma tampa fria de mármore, aonde nos deitamos a desfrutar os nossos beijos, enquanto as minhas mãos não paravam de tocar o seu corpo morno. Ela quis deter a situação, mas já era tarde, as nossas mãos, os nossos dedos já tinham chegado demasiado longe, os meus dedos molhados pelo desejo afundaram-se na suas partes mais intimas, levemente e suavemente foram preparando o seu sexo, lubrificando e roçando. Os seus gemidos foram aumentando acompanhados pelo vai e vem dos meus intrometidos dedos. As mãos de Amélia, inquietas procuravam o que incomodava o seu desejo e os meus movimentos, abriram o fecho eclair das minhas calças, libertou o meu sexo, duro e excitado para o levar entre as suas pernas, que as molharam com o meu líquido.

Fomos despindo a roupa e sempre nos tocando, acariciando, gravata para um lado, shorts para outro, calcinhas fora. Abri as suas pernas que agora já se podia ver um sexo lindo, com os lábios vaginais completamente encharcados e entreabertos, baixei e apressei-me a beber e saborear o seu interior, todo melado pelo mel sexual, a minha língua procurava o seu inquieto clítoris, que sobressaia do seu refúgio, era agora algo mais forte de quando éramos adolescentes, mas igual, saboroso e salgado como da primeira vez que saboreei o seu sexo e depois de algumas outras em que ela comandava os jogos.

Seus gemidos intensificaram-se, até exalar uma afogada dificuldade. A sua mão tinha-se apoderado do meu sexo, que sentia frio por vezes quando roçava pela pedra de mármore, mexia-se frenético de paixão, deixando escapar umas gotículas de mucosidade a partir do seu interior, pedia-me para a penetrar, até que por fim, como um desejo estancado, o endurecido sexo entrava no interior do seu, para violar o sempre negado sonho, esta era a primeira vez que o meu sexo conseguia deitar abaixo a barreira do tão desejado, tínhamos feito tudo na adolescência menos a penetração. A força que impus ao penetrar, a fez gritar de desejo até os seus lábios ficarem a tiritar, que vencidos babavam-se de desejo.

Os seus lábios juntaram-se aos meus, sentia o calor que brotava da sua boca, o ar ofegante e quente que sentia quando ela comprimia o seu sexo contra o meu, a fazia gemer de desejo, gritava e rogava a Deus que ninguém aproxima-se daquele local, que tínhamos elegido para unir os nossos mais íntimos desejos guardados em nossas almas por anos e aonde todas as profecias se juntaram para libertar as nossas almas, neste esperado momento. Os seus gemidos de repente se afogaram, contendo todo o ar que tomava em cada penetração do seu corpo, em cada exalação, seus dentes morderam os meus lábios como contendo uma explosão, esperneou-se, agarrou com uma força incrível, as suas pernas entrelaçaram-se.

As suas pernas se levantaram, a sua saliva escorria pelos meus lábios, o seu ventre encolhia e explodia, mas não deixava de parar de a penetrar e de tanto movimento causado as suas nádegas acabaram por cair na pedra de mármore fria, ao mesmo tempo que eu explodia numa enorme e contida ejaculação, que a pouco se foi apoderando do exterior para resvalar nos seus lábios vaginais, e escorrendo por entre as suas nádegas, para banhar o sumptuoso mármore do jazigo que envolvia os restos de alguma família rica e vaidosa. Estendi-me a seu lado, ela envolveu com a boca a glande do meu sexo para recolher o sémen que tinha libertado.

Depois os seus lábios grossos, uniram-se aos meus banhando-me do meu sabor e com a sua língua trémula começou a brincar com a minha boca num beijo apaixonado.

Por fim a minha alma atingia a paz de tantos anos, mas as minhas mãos de vez em quando ainda masturbam o meu sexo ao pensar na minha prima Amélia.

Beijos
J.