Quero mais ... Será sonho? Não foi...


Fecho a torneira do duche, pego-te nos meus braços e levo-te para o quarto, para a cama, pelo caminho dizes que estamos a molhar tudo, digo-te para não te importares, que hoje nada importa. Deito-te suavemente sobre a cama, deito-me em cima de ti e começo a beijar-te docemente, mordo os teus lábios, chupo-os e depois introduzo a minha língua procurando a tua, ambas juntam-se, acariciam-se, sentem-se.


È a sublime sensação de um beijo apaixonado que faz arrepiar todo o nosso corpo. Abraças-me e eu sinto que poderias estar assim eternamente colada a mim, sentindo-me. Olhamo-nos nos olhos e digo-te que te quero. E essas palavras sei que soam em ti como um fado bem cantado, arrepiante, sentido, continuamos com os beijos, com os meus lábios traço um percurso a começar no teu pescoço, descendo docemente e devagar até aos teus seios. Dedico-lhes toda a minha atenção durante uns momentos. Lambo-os, chupo os teus mamilos e à volta deles, arrepias-te mais uma vez.


Continuo a descer, agora na tua barriga, faço cócegas com os meus lábios no teu umbigo, comprimes o estômago e soltas um ai, meto a língua lá dentro, acentuam-se mais os teus instintos, retorces-te. Colocas as tuas mãos sobre a minha cabeça e fazes umas festinhas no meu cabelo rapado, faço-te sentir no paraíso, um paraíso aonde estamos só tu e eu. Continuo, suspiras ao sentir a minha língua lamber cada centímetro da tua pele e sobretudo quando chego ao teu sexo, estremeces e o suspiro que lanças volta-se mais intenso, apertas com as mãos a minha cabeça contra o teu sexo, queres sentir-me mais dentro.


A minha língua envolve-se no teu clítoris, sentes como o lambo e o chupo, de seguida lambo os teus lábios vaginais e meto a minha língua dentro do teu sexo, os teus gemidos intensificam-se. Além da minha língua, sou mais ousado e começo a meter também um dedo, tremores agitam todo o teu corpo. Voltas a sentir o desejo de me quereres dentro de ti, sei que não sabes como o faço, mas consigo colocar-te em órbita com poucas carícias. A minha língua continua a sua exploração no teu sexo até conseguir quase um orgasmo, mas sei que não pretendes já e lentamente afasto a minha cabeça.


Recuo e volto a colocar-me sobre ti, olhas-me, estou de gatas sobre ti, olho o meu sexo, está erecto e sorrio-te de seguida, desejo-te. Fazes-me um pequeno gesto, que sei que simboliza o sim, e levo o meu sexo à tua boca. Pegas com a mão, e começas a lamber a glande muito suavemente. Mete-o na boca e saboreias com complacência, enquanto eu começo a gemer excitado. Pouco a pouco o meu sexo vai inchando dentro da tua boca, em cada lambidela, em cada chupadela. Lambes o talo, molhas com a tua saliva, passando a língua com suavidade, até chegares aos meus tomates, que lambes e chupas como se trata-se de um delicioso manjar. Suspiro e gemo, enredo as mãos no teu cabelo sedoso e longo, estás a excitar-me de uma forma louca, estou a começar ficar fora de mim, com a vontade enorme de te possuir, apercebes-te disso e tiras o meu sexo da tua boca e diz-me com a tua voz meiga para que o faça.


Coloco-me de novo sobre ti, entre as tuas pernas, estamos de frente a frente, um sobre o outro. Beijamo-nos, olhamo-nos intensamente. A minha mão acaricia a tua bochecha suavemente e desce pelo teu ombro fazendo carícias no teu braço e depois pelo teu quadril. Introduzo a mão entre o nosso corpo e levo o meu sexo erecto até ao teu húmido buraco e de uma só vez empurro a glande para dentro dele, gemes aos sentir como entra, estremeces um pouco e empurras para que entre mais. Queres-me todo dentro de ti, tão dentro que nunca mais nos separemos. Começo a movimentar-me suavemente, também moves-te e a pouco a pouco vamos acompanhando os nossos movimentos, sentindo o prazer, beijamo-nos, abraçamo-nos, enquanto descrevemos carícias e gemidos que nos envolvem.


O quarto converte-se num concerto, onde as minhas mãos tocam uma guitarra e as tuas um violino e juntos formam um dueto que se concentra em cada nota, em cada partitura tocada. Os nossos corpos compartilham o prazer, suam e movem-se para sentirem-se, entro e saio de ti, sinto como o meu sexo escorrega pelo teu, como roço o teu ponto G e isso faz-te ver estrelas, essas que baixo para ti e as penduro no nosso céu íntimo. Sinto como o prazer vai aumentando pouco a pouco e como também o meu sexo aumenta, incha-se dentro de ti, ambos estamos a atingir o orgasmo. Empurro, empurras, gritas, grito e por fim sentes como derramo em ti justo no mesmo instante em que atinges o orgasmo. Convulsionamos, gememos e por fim os nosso corpos rendidos caem sobre a cama.


Depois disso, abraçamo-nos e pouco a pouco o sono vence. Quando acordo ao amanhecer, tu já não estás a meu lado, escuto, quem sabe não estejas no banho, mas nada se ouve. Penso que talvez tudo tenha sido um sonho, um maravilhoso sonho que ambos tivemos na realidade do nosso desejo mais oculto, mas não, isto não pode ter sido um sonho, digo a mim mesmo, o destino não pode ser tão cruel como para fazer-me pensar que foi um sonho. Levanto-me, estou nu completamente, e começo a pensar que não foi um sonho. Vou ao banheiro, acendo a luz e no espelho pendurado está a tua calcinha preta minúscula, suspiro, não foi um sonho, palavras a batom no espelho, dizem: “-Tenta encontrar-me, quero mais…”


Aonde estás? Procuro pela casa, outro quarto, cozinha, copa, dispensa e por fim no salão de jogos, e ali estás tu, na poltrona, completamente nua a olhar para mim, vou devagar ao teu encontro e digo: “Pensei que tinha sido um sonho.” O nosso sonho, dizes pegando na minha mão e obrigando-me a ajoelhar, beijas-me na boca e abres as pernas, deixando o teu sexo aberto.


Como não consigo resistir a estas cenas, baixo a cabeça e …

Beijos
J.