Quero mais ... Sentir a sua pele nos meus lábios ...


Na cafetaria que frequento, tem aparecido ultimamente uma mulher dos seus trinta e tal, bem cuidada, peitos bem salientes, nádegas firmes, cabelo preto comprido, uma mulher discreta. Não sei o seu nome, de onde é, que nacionalidade, falo nacionalidade porque tem sotaque e por cá, em Braga, cada vez temos mais estrangeiros. Mas é linda, depois de uma semana a ver ela quase todos os dias, e ela a reparar nos frequentadores assíduos.

Primeiro trocamos olhares, aquele rosto triste que no inicio aparentava, transformou-se ao dar um “Bom dia”. Notava-se agora um brilho nos olhos.

Anteontem, ficou ao meu lado no balcão, gostei do seu perfume, da sua delicadeza, apresentei-me, ela apresentou-se, falamos um pouco, trocamos palavras do tempo, do frio que cá estamos a sentir com as temperaturas negativas, confidenciou-me que sente muito o frio.

Ontem, quando entrou vinha com um sobretudo comprido, botas de cano alto pretas, um lenço na cabeça cor de leopardo, estava ao fundo do balcão, coloquei-me por detrás de alguém, para ver a sua reacção e disfarçadamente procurou-me e veio para o meu lado, cumprimentamo-nos verbalmente, conversamos mais um pouco, falou que vive só, viúva há 2 anos, transferiu de residência e emprego, para atenuar a falta do seu querido. Agarrei-lhe a mão, e disse-lhe que iria encontrar um companheiro que a iria fazer feliz, respondeu-me que não, queria apenas viver o dia e a sua felicidade, queria esquecer o passado.

Não sei porque relato isto desta forma, mas aquela mulher deu-me uma vontade enorme de a encher de felicidade, sem compromisso, tal como ela quer. Todo o dia andei a pensar, porque a sua forma de falar, a sua forma de estar, levou-me a escrever um bilhete.

Hoje, quando fui à cafetaria, entrei e fui para o balcão, no lugar aonde costumo, esperava que ela entra-se, estava ansioso, até que uma mão, me pousou no braço e disse “olá”, nem tive tempo de responder, vergou a cabeça e foi ao encontro do meu rosto, beijou-me no rosto, retribui e depois disse “olá”.

Estava um pouco atrasado, conversamos um pouco, retirei o bilhete manuscrito e meti-lhe na sua mão, dizendo: “- Desculpe a ousadia, mas é isto que eu quero, o que vai aí escrito. Se queres, logo às 19:00, estou aqui, e apenas espero quinze minutos. Tenho de ir”. Dei-lhe um beijo.

Escrevi:
Gostava de te ter aqui, neste balcão da cafetaria, só nós dois, porta fechada, retirava-te o sobretudo, rodeava a tua cintura e virava-te para o balcão, queria que notasses a minha respiração na tua nuca, o meu peito nas tuas costas, com as mãos na tua cintura, apertava-te contra mim e ao ouvido dizia-te “- Quero-te minha!”, quase em silêncio, suavemente, misturando uma ou outra profunda respiração de desejo, o desejo de fazer sexo contigo, o desejo desta excitação, que o meu sexo começava a expandir-se pressionado no teu cú, enquanto o fricciono contra ti.
Beijo o teu pescoço, as tuas bochechas, lambo a tua orelha, enquanto as minhas mãos passam da cintura para os teus peitos, aperto-os entre os meus dedos e procuro a maneira de os libertar da tua blusa, depois de abrir os botões e puxar o soutien para baixo, tudo feito por detrás de ti, sem deixar de notares o meu sexo contra o teu cú a tomar proporções que fazem doer.

A minha mão desliza um pouco abaixo, agacho e meto-a por dentro da tua saia, pelas tuas pernas, pelas coxas, e toco nas calcinhas, noto que já estão húmidas quando os meus dedos as apartam para acariciar o teu sexo, sei que já estás preparada para mim, sinto o teu cú a apertar o meu sexo e pela tua boca saem gemidos de prazer. Quero continuar isto na realidade.
Logo, 19:00, aqui na cafetaria e estás convidada a jantar comigo e a levares-me a conhecer a tua casa…
Beijo
.”

Andei todo o dia maluco, perdi a conta aos cafés bebidos, pensamentos cansados, conversas desnorteadas, sonhei na secretária com ela, tive uma erecção maluca, as horas demoravam, não tinha cabeça para o trabalho. Eram 18:30, saí do escritório e fui para a cafetaria, sentei-me, li um jornal que estava por lá. Eram dezanove horas, comecei a ficar nervoso, parecia a minha primeira vez, a incerteza, mas, passado uns minutos, não muitos, entrou…
Rosa de nome e algarvia de sotaque…

Beijos
J.