Quero mais ... Sentir-me ...


Chego tarde a casa, subo as escadas, entro no meu quarto, encontro a cama vazia, tinha-me esquecido que a minha mulher está de serviço nas famosas vinte e quatro horas. Esta noite, apetecia-me algo com ela, estava com tesão, despi-me, fui ao banheiro, deitei-me na cama a ler o livro “Sinto muito” de Nuno Lobo Antunes, li umas quantas páginas de um autor que aprecio, também gosto da escrita do irmão, mas, existe alguma fluidez, bom mas passo a publicidade. Coloquei o livro na cabeceira, apaguei a luz e adormeci…

Naturalmente a minha mão aperta o meu sexo duro e inchado. São três horas da manhã, acordei, não consigo dormir e tenho uma erecção, é muito fácil para os homens realizarem este gesto, que até esquecemos das vezes que o fazemos. Comecei em criança a tocar o meu sexo, sem estar a saber o que realmente fazia, mas, já nessa época, sentia algo, não podia falar de prazer porque não entedia ou sabia o que era, mas felicidade ou alguma perturbação invadia-me quando tocava-me.

Naquela altura a minha mãe recebia catálogos de revistas de venda por correspondência, e a minha paixão era olhar as páginas de roupa interior feminina. Aquelas mulheres semi-nuas, fascinavam-me, mas era a sua roupa interior que mais me fascinava. Admirava essas páginas, cuecas, strings, soutiens, camisas de noite, partes inferiores e outras subtilezas desse tipo. A técnica era frequentemente a mesma, pegava num catálogo e fechava-me no meu quarto, deitava-me na cama, descia as calças até ao fim das nádegas e começava com a minha mão por cima da cueca a acariciar os meus tomates e o meu sexo, enquanto olhava intensamente para as imagens e com a outra mão folheava as páginas.

Quando o meu sexo estava bem duro, então tirava a glande para fora da cueca, só a glande, e, lá, concentrava as minhas carícias, apertando, deslizando, rodopiando. E ficava a sonhar com a imagem mais bonita da página, uma pausa mais subjectiva, etc. Ficava ali masturbando-me até ejacular no lenço que tinha sempre previamente guardado a meu lado, quando ejaculava, no lenço ou por vezes no meu ventre, limpava-me, abotoava-me, levava o catálogo ao lugar dele, deitava o lenço sujo na cuba da máquina de lavar e saía.

O tempo passava e as fotografias cada vez mais, menos excitavam, já não tinham o erotismo necessário. Então comecei a comprar revistas para adultos, as mulheres continuavam magníficas e cada vez mais sentia naquela nudez uma excitação redobrada. Descobria sobre aquele papel brilhante a sua anatomia completa. Nos dias que correm, tudo aquilo parece obsoleto, mas na época a internet não existia e passar um filme erótico ou pornográfico na tv era raro e quando era, era a horas tardias e na rtp2.

Nessa época descobria outros prazeres solitários, mas serão para outro relato. Nessas revistas que comprava e trocava com outros amigos, era frequentemente frustrado, quando queria experimentar sensações com as minhas amigas da época, mas apenas beijos, mamadas e não passava disso, a virgindade era importante e as relações anais proibidas.

Passava horas agitando-me olhando os corpos dessas fotos e imaginando cenários eróticos, sempre tive possibilidade de encontrar e deitar-me com bonitas raparigas, o prazer de acariciar e lamber os seios, o prazer de lamber e sugar os seus sexos, o prazer de roçar o meu sexo no corpo delas, mas apesar de todos esses prazeres, nunca abandonei o meu prazer solitário. Tentei numerosas técnicas, nu, vestido, apenas com as mãos, com objectos, as minhas sessões eram por vezes demoradas, outras rápidas.

Hoje, tenho mais de quarenta anos, sou casado, feliz e uma vida sexual intensa. Mas não impede-me de continuar a agitar-me, com os meus estados de alma, na minha cama, no meu carro, no meu escritório, no chuveiro, fora as vezes que estou com mulheres, e essas, eu as escolho, porque nem todas excitam-me.

Esta noite, não durmo, o meu sexo deve-se, naturalmente acaricio-o com a minha mão direita, a minha mão esquerda percorre os meus tomates, adoro tocar-me e não unicamente o meu sexo. Gosto ocasionalmente de apertar os meus mamilos, esfregar as coxas, as carícias sobre esta pele nua são cem vezes melhores.

Esta noite por conseguinte, acaricio-me lentamente. Não sei se vou conseguir ter um orgasmo, mas é bom agitar este sexo viril. Gosto de com uma mão segurar com força a minha glande e com a outra deslizar pelo talo e ao fim de alguns minutos, a minha glande começa a ficar lubrificada com as minhas secreções.

Gosto de colocar os dedos nesse fluido e espalhar pelo sexo, desde a glande até ao talo, gosto de lamber os dedos cobertos destas secreções. As minhas carícias continuam lentamente, liberto a minha glande e os meus dedos deslizam pelo talo suavemente até aos tomates. Está suave, quente e húmido. Os meus dedos são mergulhados num líquido, lambo-o com deleitação.

Gosto deste tipo de carícias para fazer durar o meu prazer. Neste tempo, construo um cenário erótico, uma mulher imaginada, um rosto ausente. A minha imaginação e a minha alma trabalham devagar e com tempo, as minhas mãos percorrem o meu sexo e os meus tomates.

A ejaculação está próxima, a minha excitação está no ponto máximo, o ponto proibido do prazer, masturbo-me com mais força, a minha pulsação e respiração aumenta, estou ofegante, pego no lenço e estendo por cima do meu ventre, aperto com os dedos de uma mão a minha glande e a outra mão está acima e abaixo no talo do meu sexo, freneticamente. De repente, não aguento a explosão, dou um rrrrrrr mais forte e abafado e sinto o esperma quente a invadir o meu lenço, algumas gotas vazam mais acima um pouco, levo os dedos a elas e esfrego e lambo-os.

Retiro o lenço e levo a minha mão ao sexo ainda quente e húmido. Devagar, sinto-o retrair-se…

Vou poder dormir descansado…

Beijos
J.