Quero mais ... Os lábios doces de F. ...

Um seminário leva-me a Barcelona, alguns dias apenas, uma cidade que sempre que lá vou deixa-me encantado, a última vez que lá estive tinha sido em Junho de dois mil e oito, por vezes, acontece-nos algo que precisamos, e eu precisava. No fim do primeiro dia do seminário, decidi não ir para o hotel e fui para a estação de metro, Universitat, linha 1, a linha que ia-me levar a sítios maravilhosos.

Quando estou sentado, observando as pessoas que entram, acabei por ver uma antiga colega da faculdade, tinham passado alguns anos, pelo menos uns dez, desde a última festa dos antigos alunos do curso, estava estupenda, não me tinha visto, como sempre elegante, sedutora, segura de si mesmo, como era atraente e um pouco convencida do corpo que tinha, estava consciente do efeito que dava aos passageiros, masculinos e femininos, com aquele vestido justíssimo. Com o passar dos anos tinha melhorado, como dizemos nós cá por cima, “como o vinho do Porto”. Os peitos, as pernas em grande parte expostas, enfim, estupenda.

Ficamos a olhar um para o outro, ela estava com medo de ser alguém parecido, não eu, até que sorri, depois fundimo-nos entre risos e um forte abraço. Alegrou-me muito aquele encontro, conversamos de trivialidades…

Convidaste-me a jantar em tua casa, nessa semana estavas só e eu em Barcelona, também completamente só. Tens sorte na vida, tens um apartamento estupendo numa das cidades mais belas e culturais da Europa, e nunca fazia ideia que eras uma maravilhosa cozinheira. Depois do jantar, deveria rumar ao meu hotel, já não era cedo e tinha um daqueles seminários aborrecidos logo pela manhã, mas foi tentador e irresistível o convite para um digestivo no sofá. Já sabes que não sei dizer não a um bom cognac francês.

Falamos mais uma vez de trivialidades e dos tempos passados, do que vivemos juntos em tempos de faculdade, dos nossos prazeres íntimos. Afinal de contas, eu tinha sido o teu preferido nas noites de Coimbra, nas camaratas, recordamos nossos primeiros espasmos, tímidos, quase inocentes, que com o tempo adquiriram maturidade, tornaram-se mais lascivos e luxuriosos. Começamos e aprendemos juntos.

A linguagem dos corpos nunca se esquece, é como andar de bicicleta. Li o que a tua alma dizia nesse momento. Sentada no sofá, junto a mim, o corpo ligeiramente de lado, com o braço mais próximo de mim apoiado no encosto, a perna dobrada por cima do sofá e a outra apoiada no solo. O teu vestido mal cobria as pernas lindas, eu numa postura um pouco similar, ladeado para estar o mais possível de frente a ti.

Aquele movimento foi o ponto de partida, um sinal de querer mais e não sei se o meu subconsciente o repetisse na perfeição. A tua mão apoiou-se na perna, alçou ligeiramente o vestido, para me mostrares uns centímetros mais das tuas magnificas coxas, e, entreabris-te quase imperceptivelmente. Deste conta de imediato de que a minha reacção não tinha passado despercebida, olhas-te para a minha braguilha e percebes-te que o teu feitiço estava a provocar.

No inicio fiquei um pouco preocupado, mas logo a seguir, deixei-me levar por aquilo que domina-me: sexo.

Apoiei a mão na tua perna, sorris-te e a tua cabeça assentiu. A mão começou a ascender a tua perna, recordando a sua suavidade, o voluptuoso do seu tacto, enquanto inclinava-me para ti para encontrar a tua boca entreaberta, à espera da minha língua.

Os teus lábios permaneceram impassíveis durante um momento, enquanto os percorria, humedecia-os, e os saboreava de novo. A tua boca não demorou a fazer a cobrança e começamos a beijar como quando éramos adolescentes. A minha mão procurou os teus peitos, acariciou-os por cima do vestido comprovando o evidente, que nada tinhas por baixo.

Os teus mamilos não demoraram em se fazer notar através do tecido e não pude esperar nem mais um segundo para nos encontrarmos directamente. Baixei o fecho lateral e sem despir-te, abri caminho com as mãos, e passo para sentir os teus peitos. A minha boca queria seguir os passos das minhas mãos. Beijo-te o pescoço, os ombros, e despindo o vestido pouco a pouco, devorei esses mamilos cheios, grandes, rosados, que sempre deixaram-me louco.

Podíamos ter continuado no sofá, mas decidis-te dar-me a conhecer o teu quarto, a tua cama, puxas-te o vestido para cima, seguras-te com uma mão e com a outra agarras-te a minha, fazendo força para seguir-te. No caminho o vestido cai, paras um pouco, alças uma perna, depois outra e ficas apenas em calcinhas, continuamos o caminho até ao quarto. Chegamos, tinhas uma cama linda e grande, uma luz ténue e uma parede de cabeceira lilás, surpreendente, um cenário perfeito para ter sexo.

Ficas-te de pé, agachei-me e deslizei lentamente enquanto acompanhava com a minha boca o trajecto das tuas pernas. Beijei os teus pés, comecei a subir e a devorar-te com beijos, com a língua, com a boca tudo o que encontrei na tua magnifica pele. Procurei a parte interna das tuas pernas, e conforme ascendia, não demorei a encontrar a humidade do teu sexo.

De repente, lembrei-me e sempre ficava surpreendido com a quantidade de secreções que o teu sexo oferecia. Surpreendeu-me descobrir isso de novo, humedecendo a parte interna da tua perna, caindo pelo meio delas. Lambi-o como sempre gostei de o fazer, saboreando o teu sexo sem o tocar, tomar o paladar do teu sabor, aspirando cada molécula do ADN da tua essência sexual, excitando-me com as reacções que tudo isso produzia-me no mais primitivo dos nossos sentidos.

O cheiro do teu sexo deixava-me louco e terminei ao enlouquecer, descobrindo-o delicadamente entreaberto e exposto para o meu. Conheço-te, e sabia que com a minha língua, o teu primeiro orgasmo não demoraria a chegar. Deitei-te na cama, dobras-te os joelhos, e entreabriste as pernas, arqueaste o quadril e quando a minha língua estava a chegar perto do teu sexo, soprei um pouco de ar e lanças-te um pequeno gemido, queria ouvir isso.

Não me fiz rogado. A minha língua encontrou-se com um sexo empapado, inchado, aberto, erecto, saboroso, delicioso, voluptuoso, todos os adjectivos gustativos e a minha língua estava louca com o teu exposto clítoris e os teus generosos fluidos. Não queria deixar nem uma gota por lamber, queria estimular cada nervo do teu delicioso clítoris.

Não me equivoquei, a minha língua no teu sexo era uma aposta segura, e os gemidos, os tremores e os espasmos não demoraram em percorrer o teu corpo. Levantaste-te, e começas-te a despir-me, o meu sexo, naquele preciso momento estava erecto, foste directa, sem rodeios, abris-te a tua boca e forças-te a entrada, quase a engolis-te, começas-te a respirar pelo nariz, sentia-te como uma égua, a tua respiração forte e quente, com os teus lábios rodavas, com a língua saboreavas.

Sugas-te e saboreavas a minha secreção que a cobria por momentos, colocas-te de cócoras sobre mim, apanhas-te o meu sexo e dirigiste-o com a habilidade nunca esquecida à entrada do teu sexo, e lentamente o fizeste desaparecer dentro.

Os teus movimentos no inicio eram lentos, como procurando a acomodação dos nossos corpos, depois começas-te a mover-te mais rapidamente e dirigis-te uma das tuas mãos ao teu clítoris. Os teus movimentos aceleravam-se cada vez mais e deixei-me levar pela visão do teu sexo, engolindo o meu, a tua mão a apertar o teu avultado clítoris e aquela deliciosa sensação de estar a foder.

Sabes perfeitamente quando estou prestes a vir-me e sabias manejar o meu sexo, como um maestro de uma orquestra, acelerando ou parando até que os dois estivéssemos a ponto de ter orgasmos, e deixas-te derramar dentro de ti numa sinfonia de sexo, humidade, sémen, suor, os teus gemidos, os meus e o tremor dos nossos corpos.

Levantas-te de cima de mim e voltas-te a procurar o meu sexo. Gostas de misturas de sabores, o teu sexo, o meu, o meu sémen, o teu, gostas de fazer tudo de novo, como eu. Queremos sempre mais. Sem dar descanso começas-te de novo a lamber-ma, quase como limpando, delicadamente. Olhaste-me, sorris-te e girando o teu corpo, colocas-te o teu sexo na minha boca, querias um sessenta e nove que eu sabia aonde ia nos levar.

A tua língua foi da minha glande aos meus tomates, começas-te a os lamber, a sugar, a comer um e outro. Entreabri as minhas pernas, sabia o que querias fazer. Enderecei a minha língua ao teu sexo, levei-a ao clítoris, ao teu sexo, saboreei a mistura dos nossos sabores, segui até à entrada do teu cú.

Naquele instante em que a minha língua começou a rodar, humedecer e a penetrar o teu cú, a tua encontrava o meu. Sempre nos colocou acelerados e insanos ao fazer isto desde a nossa primeira vez que tínhamos experimentado, estivemos uns momentos assim, humedecendo-nos e lentamente fomos voltando aos nossos sexos.

Enquanto devorávamos de novo os nossos sexos, um dedo meu deslizava pelo buraco que a minha língua acabara de lubrificar, o tremor do prazer correu o teu corpo de imediato, arquejas-te um pouco mais e empinas-te as tuas nádegas, para permitir penetrá-lo melhor.

Entrava perfeitamente e pelos teus movimentos, adivinhei que queria que fossem dois. Enquanto penetrava o teu cú com os meus dois dedos, tu deslizas-te um no meu. Lentamente senti como deslizava e procurava a noz da minha prostata, para, de novo, a estimulares lentamente.

A minha excitação aumentou um pouco, o meu sexo enchia a tua boca, o teu sexo a bater na minha cara, na minha boca, os meus dedos no teu cú e o teu no meu. O teu orgasmo quase apanha-me de surpresa, o meu sexo afogava os teus gemidos, deslizas-te para um lado e tremias de prazer enquanto a minha língua alcançava e lambia o teu clítoris, palpitante.

Sem tirares o meu sexo da tua boca, sem parar nem por um segundo, ajoelhaste-te a meu lado. Sentia o meu sexo numa mamada infernal. O teu dedo voltou a procurar o meu cú, e a pressão que exercias sobre o meu ponto mágico aumentou, com um ritmo que acompanhava o movimento da tua boca. Não me demorei a chegar, a chegar em forma de orgasmo bestial, acrescentado pela tua pressão e arrancando uma onda de sémen que aterrou nos teus lábios e na tua boca.

Saboreas-te e deitamo-nos juntos, lado a lado. Eu tinha que voltar ao hotel e a nossa brincadeira tinha feito com que as horas disparassem, levantei-me, vesti-me, ficas-te deitada a observar-me e quando dirigi á porta de entrada, acompanhaste-me nua e ao despedir-me, disseste-me: “ – Amanhã, quando estiveres no seminário, eu estarei aqui a masturbar-me e a lembrar-me desta noite.”

No dia seguinte, lembrei-me das tuas palavras. A erecção durou grande parte do tempo do seminário, que demorei a recordar cada segundo da noite anterior e por vezes fechando os olhos e imaginando-te a masturbares-te nesse momento...

Beijos
J.