Quero mais ... Sexo com amor...


Sexta-feira, congresso médico no Hotel X, ia aproveitar e ficar por Lisboa, pediu que fosse ter com ela, enviou-me um SMS com o número do quarto. Saí de Braga, por volta das quinze horas e trinta minutos, apanhei o trânsito de uma sexta-feira de calor, em que tudo anda mais ou menos a passo de caracol na auto-estrada, e o habitual inferno para entrar em Lisboa, eram dezanove horas estava na recepção do hotel, identifiquei-me e o recepcionista deu-me a chave quatrocentos e vinte e um.



Entrei no elevador, saí no corredor do quarto andar e procurei a porta, encontrei e abri, ao entrar deparei-me com um caminho de rosas e velas que seguiam até uma cama toda enfeitada de pétalas vermelhas e brancas de rosas e na mesinha de cabeceira dois copos, uma garrafa de champanhe e uma tablete de bombons. Fiquei petrificado, olhei de novo o número da chave e disse:


- Olá? Há alguém? Mas ninguém respondeu.



Pensei cá para mim que isto era coisa da minha esposa, porque tivemos uma conversa de fetiches sexuais e lembro-me vagamente de um que falava em flores, bombons, etc., segui o caminho até à cama e pousei a pequena mala de roupa que levava. Ouvi a água na casa de banho, um aroma a perfume forte era-me no entanto familiar, mas não o recordava da minha esposa, comecei a ficar apreensivo com as minhas infidelidades, aproximei-me da porta e pouco a pouco fui abrindo, até que a vi, apoiada na parede, por baixo do jorro da água do duche, nua, uma mão entre as pernas, e a outra mordendo os dedos na sua boca.



Olhou para mim, dizendo:
- Já pensei que não virias, amor. Tive que começar sozinha, ontem fiquei com vontades e hoje andei sempre com tesão.



Não soube o que dizer estava emocionado, um nó na minha garganta não me deixava pronunciar qualquer palavra.
- Vem. Disse ela.



Desapertei a camisa, as calças, retirei toda a roupa, deixando tudo sobre o bidé, entrei no duche, e sem dizer qualquer palavra aproximei-me a escassos centímetros do seu rosto, olhamo-nos uns instantes, coloquei a minha mão na sua cabeça e fechando os olhos demos um beijo como se fosse o primeiro dia. Estávamos juntos, o meu sexo apertava fortemente o seu ventre, as suas mãos fincavam-se nas minhas costas, enquanto as minhas a aprisionavam contra os meus lábios. Sentíamos como a água fluía entre os nossos corpos, como a paixão se apoderava quase instantaneamente de nós, a nossa respiração acelerada expressava o nosso desejo, levantei-lhe uma perna e subindo pela minha coxa, ela fez o mesmo com a outra.



Penetrei-a profundamente de uma investida só, o seu gemido ficou apagado pela minha boca, as minhas mãos a sustinham pelas nádegas, apertava-as contra a parede. Mal me apartava para voltar a penetrar, simplesmente concentrava-me em movimentos suaves mas profundos. O seu olhar era de felina, sabia como ela era quando colocava o seu olhar, mas ali era mais, tinha algo diferente, a sua respiração não lhe permitia dizer nada, mas os seus olhos expressavam o que o seu interior sentia.


- Amo-te meu amor. Disse-lhe.
- E nunca o deixes de fazer. Retorqui em gemidos.



Abrandou a forma como os seus braços apertavam o meu corpo, pendurando-se na barra do painel e do toalheiro, aliviando o seu peso para fazer movimentos mais amplos, e desfrutar os peitos duros e eriçados sobre a minha boca. Mas os seus lábios queriam os meus, as suas nádegas moviam-se com frenesim, o seu clítoris, grande e teso, sentia-o roçar no meu sexo. Estivemos uns minutos naquela posição, simplesmente olhando-nos e fazendo amor, sentindo os nossos corpos unidos, num só, como fazia tempo que tínhamos saudades destes momentos, a vida profissional obriga-nos a estarmos muitas vezes desencontrados.



Descolou-se, baixou-se de mim, olhou para o chão do jacuzzi, deitei-me e estiquei-me, assim o fiz e ela sentou-se sobre o meu sexo, de cóqueras penetrou e começou os seus movimentos, acelerados, intensos, próximos. Nem podia olhar, a água caía sobre a minha cara, mas senti-a, então deixou-se cair sobre mim, olhando os seus olhos vi que estava a ter espasmos, estremeceu, suspirou, suavizou o seu ritmo, sentindo o seu tesão e quase a explodir também, o meu sexo abria espaço no seu interior, o seu sexo apertava-me em contracções, e explodi, a minha ejaculação a inundou por completo, o sorriso apoderou-se do seu rosto, só dizia:

- Sim, siiim, siiiiiiiiiiiiiiiim.



Assim ficamos durante um longo momento, sentindo os nossos sexos misturando os fluidos, vendo a água cair sobre o nosso corpo, escutando o bater do nosso coração, cada vez mais desacelerado, e simplesmente nos amando.




O resto da noite foi maravilhosa, tinha encomendado o jantar, bebemos champanhe, comemos bombons, fizemos amor novamente na cama, fizemos durante o jantar no chão, e por fim dormimos abraçados. De manhã, fizemos amor no duche novamente.



Agora estou aqui, no quarto da nossa casa, na tua ausência, a escrever este relato, que nem fazes ideia que vai ser publicado na internet, porque definitivamente, tu és a única dona do meu coração, mas não do meu corpo.



Amo-te.



Beijos

J.