...
- Claro, por favor, nunca mais diga que deixas-te de ser bonita.
-Mas é a verdade, não me vejo e sinto tão bonita como tu o dizes...
Ela falava-lhe ao telemóvel, sentia-a triste. Levava horas a procurar um vestido para uma festa à noite, um compromisso social, e nenhum lhe ficava bem. Via-se feia, estragada, lembrava-se de quando tinha vinte/trinta anos, a sua figura esbelta era a inveja das suas amigas. Agora, tudo isso tinha mudado, desaparecido, por muito que o seu amante lhe dissesse constantemente que era bonita. O seu marido, esse então há muitos anos que não se fixava nela, não se sentia desejada, o deitar e o sexo com o marido cada vez era mais tradicional e uma acomodação, como pagar as contas da electricidade ou a escola dos filhos.
Desde que a conheceu, não parava de lhe dizer que bonita que era, a formosura que possuía, ela apenas ria-se. Ele sempre lhe dizia que a desejava, que ficava excitado em só a ver.
- Diz-me onde estás agora, miúda.
- Num centro comercial, a procurar um vestido, mas todos me ficam mal. Estava triste, perto de chorar, a tristeza caiu inesperadamente sobre os seus ombros, sentia-se a mulher mais feia do mundo.
- Miúda, não esteja triste, por favor, não fiques triste.
- Eu sei, mas não tenho como evitar.
- Sim podes, ai se eu estivesse aí. Tens alguma loja por perto?
- Estou aqui dentro de uma.
- Bem, quero que escolhas o vestido mais lindo que encontrares e vás ao provador.
- Para quê?
- Vá lá, faz isso por mim.
Ela ficou um tanto ao quanto desorientada. Sempre a surpreendia com algo, mas aquilo era demasiado estranho, inclusive vindo assim dele, ao telefone. Escolheu um vestido, e procurou um provador livre, esperou e nessa espera via as jovens que entravam e saiam da loja e ficava a admirar que já tinha sido assim, mas os seus quarenta e dois anos e mãe de filhos, não a deixavam tão esbelta. Pensava, mas que loucura, que demónio ia fazer ele? Estava apreensiva.
- Não tenho nenhum provador disponível, quando ficar um ligo-te. E desligou.
Nesse instante, uma das cortinas abriu-se, e do provador saíram duas jovens rindo às gargalhadas. Sentiu inveja da sua felicidade, da despreocupação do futuro. Entrou no provador, marcou o numero no telemóvel e pensou que devia estar ocupado, assim podia sair dali.
- Olá miúda, estás dentro do provador?
- Sim, aqui estou, apesar de não fazer ideia do que pretendes.
- Bom, agora quero que olhes ao espelho e que me digas o que vês.
- Que queres que veja? Uma quarentona toda estragada?
- Shiuuu, não diga isso. Primeiro o que deves fazer é sorrir, porque não sorris, anda lá sorri para mim.
E ela sorriu. Primeiro, debilmente, mas depois, recordando os seus piropos, as suas tolices, os seus escritos, deu um grande sorriso.
- Melhor, muito melhor, agora gosto muito de te ver. Sabes, quando sorris, os teus olhos brilham, ficas com o valor de pedras preciosas.
- És um tonto, um doido.
Mas isso a fazia sorrir mais, inclusive começou a sentir um leve rubor e a ficar com as bochechas vermelhas.
- Agora quero que tires a blusa, devagar, mas olha no espelho enquanto o fazes.
- Estás louco.
-Sim por ti, mas faz isso miúda, vá lá.
E ela desapertou a sua blusa lentamente, botão por botão.
- E agora?
- Tira o soutien.
- Mas...
- Sem mas, faz…
As suas mãos procuraram às cegas o fecho do soutien, deixando a descoberto os seus peitos. Ela os olhou triste, vendo como a idade e os filhos lhe tinham feito perder a dureza e a postura.
- Os teus peitos são maravilhosos, sabes isso. Se estivesse aí, acariciava-os com suavidade, como tu gostas. Por isso quero que o faças por mim, que sejas as minhas mãos e os teus olhos.
- E se entra alguém?
- Não entra, porque estou a ver-te desde aqui, na minha mente, e quero ser tu, tocar e ver.
Deixou a sua mão cair desde o pescoço até aos seus peitos, lentamente e com suavidade, quase sem querer, deslizou os dedos por entre eles, rodeando os seus mamilos. Apesar da situação, ou quiçá devido a ela, as suas auréolas começaram a endurecer-se, a sua respiração começou a agitar-se de forma imperceptível.
- Muito bem, fazes muito bem, volta a olhar-te, agora estás mais formosa ainda, os teus olhos brilham e com a tua língua humedece os teus lábios.
Era quase incrível, mas era como se a pudesse ver. Era verdadeiro, tinha os olhos brilhantes, o rosto quente, a respiração um pouco acelerada. Um assomo de prazer começava a encher o seu coração.
- Bom já chega.
-Não. Estamos apenas a começar, tira a roupa toda, faz isso por mim. Olha para o espelho, e a imagem que vês sou eu diante de ti. Sou eu que te acompanho.
De loucos, aquilo era de loucos, pensava enquanto tirava a saia, uma loucura, enquanto a deixava pendurada num cabide. Mas estava a gostar daquela loucura, fazia-a por mais estranho que pareça, sentir-se viva, mais mulher.
- Que formosa que estás, miúda. Vai dizendo o que fazes.
- Agora passo a minha mão sobre o meu ventre, e desço até às minhas nádegas, rodo-as, pela linha, e vou ao meu sexo. Sabes? Estou um pouco húmida.
- Sei, porque também o sinto, continua, não pares.
- Meto a minha mão por dentro das calcinhas e acaricio-me, e … ohhh, é tão bom…mmm, queria que estivesses aqui.
- Estou miúda, acompanho-te, eu também me acaricio, minha querida.
Agora a respiração era agitada, falava quase em sussurros, enquanto os seus dedos passeavam acima e abaixo no seu sexo, ao redor dos seus lábios, molhando-os com a sua humidade, crescente a cada momento. O seu clítoris, engordava e crescia, notava-o duro meteu-o no meio dos dedos e apertava.
- *Ohh, Deus, isto é de loucos, não sei o que faço...
- Olha-te, observa-te, olha como bela e sensual és.
Ela olhava-se no espelho, via o seu sexo inchado, húmido e brilhante. Via como o seu rosto, tinha um gosto de prazer e luxúria reflectido. Não podia resistir à tentação, colocou o seu pé no banco, abrindo o sexo, para introduzir lentamente, um, dois, três dedos, que enchiam a sua vulva.
- Oh, amor, Deus... preciso de ti, agora aqui.
- Tens-me aí, dentro de tí, agora, não te pares e continua a olhar... não fales, só quero ouvir a tua respiração e os teus gemidos, miúda, só isso.
Os seus dedos aceleravam, entravam e saíam com fluidez, e pequenas gotas de seu mais delicado néctar começavam a escorregar pelas suas coxas. O cheiro do seu próprio sexo começava a inundar o provador, o seu cheiro, a sua visão, estava a levá-la a lugares inesperados, afastados da realidade.
- Continua assim, miúda, és tão formosa, és a mais bela flor que jamais ví...
-*Mmmm, Deus...
Não podia articular palavra, o orgasmo aproximava-se rápido, brutal, ali, de pé, sozinha mas acompanhada, formosa, muito formosa aos seus próprios olhos, o que agora via era uma mulher ardendo, a sua pele brilhante, os seus lábios húmidos e entreabertos, mordendo os lábios para não deixar escapar um grito que escandalizaria toda a loja, via o seu sexo aberto, cheio de si mesma, abatido pelos seus dedos, brilhante da sua própria humidade.
O orgasmo chegava, notava-o, aproximava-se golpeando as suas costas, descendo pela sua espinha dorsal, encostada contra a parede, enquanto ela movia os seus dedos mais e mais dentro de si, girando-os, fincando com fúria animal no seu sexo.
- Vou me vir, amor...
- Sim, fá-lo, fá-lo comigo, eu também me vou vir, miúda.
Veio-se com tal violência que quase caía. Apoiou-se contra a parede, deixou cair o telefone e tapou a sua boca para não gritar, para não deixar escapar o rugido do prazer que se fragmentava dentro dela. Sentou-se no banco, enquanto as suas pernas tremiam e o seu sexo convulsionava-se ao ritmo de seu coração, despistado, animal, selvagem.
Recolheu a sua roupa lentamente e vestiu-se. Saiu do provador sem se importar que se dessem conta de algo, sem se preocupar do cheiro que tinha deixado atrás. Só importava que todos os homens a olhavam, desejosos da sua carne, prendados da beleza que saía pelos seus poros.
Agora a viam bela e sensual, porque, agora, via-se bela e desejosa.
Beijos
J
- Claro, por favor, nunca mais diga que deixas-te de ser bonita.
-Mas é a verdade, não me vejo e sinto tão bonita como tu o dizes...
Ela falava-lhe ao telemóvel, sentia-a triste. Levava horas a procurar um vestido para uma festa à noite, um compromisso social, e nenhum lhe ficava bem. Via-se feia, estragada, lembrava-se de quando tinha vinte/trinta anos, a sua figura esbelta era a inveja das suas amigas. Agora, tudo isso tinha mudado, desaparecido, por muito que o seu amante lhe dissesse constantemente que era bonita. O seu marido, esse então há muitos anos que não se fixava nela, não se sentia desejada, o deitar e o sexo com o marido cada vez era mais tradicional e uma acomodação, como pagar as contas da electricidade ou a escola dos filhos.
Desde que a conheceu, não parava de lhe dizer que bonita que era, a formosura que possuía, ela apenas ria-se. Ele sempre lhe dizia que a desejava, que ficava excitado em só a ver.
- Diz-me onde estás agora, miúda.
- Num centro comercial, a procurar um vestido, mas todos me ficam mal. Estava triste, perto de chorar, a tristeza caiu inesperadamente sobre os seus ombros, sentia-se a mulher mais feia do mundo.
- Miúda, não esteja triste, por favor, não fiques triste.
- Eu sei, mas não tenho como evitar.
- Sim podes, ai se eu estivesse aí. Tens alguma loja por perto?
- Estou aqui dentro de uma.
- Bem, quero que escolhas o vestido mais lindo que encontrares e vás ao provador.
- Para quê?
- Vá lá, faz isso por mim.
Ela ficou um tanto ao quanto desorientada. Sempre a surpreendia com algo, mas aquilo era demasiado estranho, inclusive vindo assim dele, ao telefone. Escolheu um vestido, e procurou um provador livre, esperou e nessa espera via as jovens que entravam e saiam da loja e ficava a admirar que já tinha sido assim, mas os seus quarenta e dois anos e mãe de filhos, não a deixavam tão esbelta. Pensava, mas que loucura, que demónio ia fazer ele? Estava apreensiva.
- Não tenho nenhum provador disponível, quando ficar um ligo-te. E desligou.
Nesse instante, uma das cortinas abriu-se, e do provador saíram duas jovens rindo às gargalhadas. Sentiu inveja da sua felicidade, da despreocupação do futuro. Entrou no provador, marcou o numero no telemóvel e pensou que devia estar ocupado, assim podia sair dali.
- Olá miúda, estás dentro do provador?
- Sim, aqui estou, apesar de não fazer ideia do que pretendes.
- Bom, agora quero que olhes ao espelho e que me digas o que vês.
- Que queres que veja? Uma quarentona toda estragada?
- Shiuuu, não diga isso. Primeiro o que deves fazer é sorrir, porque não sorris, anda lá sorri para mim.
E ela sorriu. Primeiro, debilmente, mas depois, recordando os seus piropos, as suas tolices, os seus escritos, deu um grande sorriso.
- Melhor, muito melhor, agora gosto muito de te ver. Sabes, quando sorris, os teus olhos brilham, ficas com o valor de pedras preciosas.
- És um tonto, um doido.
Mas isso a fazia sorrir mais, inclusive começou a sentir um leve rubor e a ficar com as bochechas vermelhas.
- Agora quero que tires a blusa, devagar, mas olha no espelho enquanto o fazes.
- Estás louco.
-Sim por ti, mas faz isso miúda, vá lá.
E ela desapertou a sua blusa lentamente, botão por botão.
- E agora?
- Tira o soutien.
- Mas...
- Sem mas, faz…
As suas mãos procuraram às cegas o fecho do soutien, deixando a descoberto os seus peitos. Ela os olhou triste, vendo como a idade e os filhos lhe tinham feito perder a dureza e a postura.
- Os teus peitos são maravilhosos, sabes isso. Se estivesse aí, acariciava-os com suavidade, como tu gostas. Por isso quero que o faças por mim, que sejas as minhas mãos e os teus olhos.
- E se entra alguém?
- Não entra, porque estou a ver-te desde aqui, na minha mente, e quero ser tu, tocar e ver.
Deixou a sua mão cair desde o pescoço até aos seus peitos, lentamente e com suavidade, quase sem querer, deslizou os dedos por entre eles, rodeando os seus mamilos. Apesar da situação, ou quiçá devido a ela, as suas auréolas começaram a endurecer-se, a sua respiração começou a agitar-se de forma imperceptível.
- Muito bem, fazes muito bem, volta a olhar-te, agora estás mais formosa ainda, os teus olhos brilham e com a tua língua humedece os teus lábios.
Era quase incrível, mas era como se a pudesse ver. Era verdadeiro, tinha os olhos brilhantes, o rosto quente, a respiração um pouco acelerada. Um assomo de prazer começava a encher o seu coração.
- Bom já chega.
-Não. Estamos apenas a começar, tira a roupa toda, faz isso por mim. Olha para o espelho, e a imagem que vês sou eu diante de ti. Sou eu que te acompanho.
De loucos, aquilo era de loucos, pensava enquanto tirava a saia, uma loucura, enquanto a deixava pendurada num cabide. Mas estava a gostar daquela loucura, fazia-a por mais estranho que pareça, sentir-se viva, mais mulher.
- Que formosa que estás, miúda. Vai dizendo o que fazes.
- Agora passo a minha mão sobre o meu ventre, e desço até às minhas nádegas, rodo-as, pela linha, e vou ao meu sexo. Sabes? Estou um pouco húmida.
- Sei, porque também o sinto, continua, não pares.
- Meto a minha mão por dentro das calcinhas e acaricio-me, e … ohhh, é tão bom…mmm, queria que estivesses aqui.
- Estou miúda, acompanho-te, eu também me acaricio, minha querida.
Agora a respiração era agitada, falava quase em sussurros, enquanto os seus dedos passeavam acima e abaixo no seu sexo, ao redor dos seus lábios, molhando-os com a sua humidade, crescente a cada momento. O seu clítoris, engordava e crescia, notava-o duro meteu-o no meio dos dedos e apertava.
- *Ohh, Deus, isto é de loucos, não sei o que faço...
- Olha-te, observa-te, olha como bela e sensual és.
Ela olhava-se no espelho, via o seu sexo inchado, húmido e brilhante. Via como o seu rosto, tinha um gosto de prazer e luxúria reflectido. Não podia resistir à tentação, colocou o seu pé no banco, abrindo o sexo, para introduzir lentamente, um, dois, três dedos, que enchiam a sua vulva.
- Oh, amor, Deus... preciso de ti, agora aqui.
- Tens-me aí, dentro de tí, agora, não te pares e continua a olhar... não fales, só quero ouvir a tua respiração e os teus gemidos, miúda, só isso.
Os seus dedos aceleravam, entravam e saíam com fluidez, e pequenas gotas de seu mais delicado néctar começavam a escorregar pelas suas coxas. O cheiro do seu próprio sexo começava a inundar o provador, o seu cheiro, a sua visão, estava a levá-la a lugares inesperados, afastados da realidade.
- Continua assim, miúda, és tão formosa, és a mais bela flor que jamais ví...
-*Mmmm, Deus...
Não podia articular palavra, o orgasmo aproximava-se rápido, brutal, ali, de pé, sozinha mas acompanhada, formosa, muito formosa aos seus próprios olhos, o que agora via era uma mulher ardendo, a sua pele brilhante, os seus lábios húmidos e entreabertos, mordendo os lábios para não deixar escapar um grito que escandalizaria toda a loja, via o seu sexo aberto, cheio de si mesma, abatido pelos seus dedos, brilhante da sua própria humidade.
O orgasmo chegava, notava-o, aproximava-se golpeando as suas costas, descendo pela sua espinha dorsal, encostada contra a parede, enquanto ela movia os seus dedos mais e mais dentro de si, girando-os, fincando com fúria animal no seu sexo.
- Vou me vir, amor...
- Sim, fá-lo, fá-lo comigo, eu também me vou vir, miúda.
Veio-se com tal violência que quase caía. Apoiou-se contra a parede, deixou cair o telefone e tapou a sua boca para não gritar, para não deixar escapar o rugido do prazer que se fragmentava dentro dela. Sentou-se no banco, enquanto as suas pernas tremiam e o seu sexo convulsionava-se ao ritmo de seu coração, despistado, animal, selvagem.
Recolheu a sua roupa lentamente e vestiu-se. Saiu do provador sem se importar que se dessem conta de algo, sem se preocupar do cheiro que tinha deixado atrás. Só importava que todos os homens a olhavam, desejosos da sua carne, prendados da beleza que saía pelos seus poros.
Agora a viam bela e sensual, porque, agora, via-se bela e desejosa.
Beijos
J