Quero mais ... Paixão despertada ...




Depois de um dia laborioso, Maria chegou cansada e um pouco alterada à sua casa. O tráfico e o stress do trabalho tinham-na aborrecido. Melhor dito, o stress do trabalho era algo a que se tinha acostumado e até gostava. Era outro tipo de stress que a alterava. Apesar dos sucessos profissionais, Maria tinha problemas na sua relação afectiva. Em cada ascensão no seu currículo profissional, equivalia a descer um grau na relação familiar amorosa. João não era mau homem, pelo contrário, é inteligente, profissional como ela e com uma carreira de sucesso, é um homem com uma atracção, sensibilidade e paciência que por vezes a transtornava. É bom no sexo, fazia-a delirar e chorar de prazer, um homem quase completo, que sabia como a satisfazer plenamente.

Então, o que funcionava mal na relação?

Ele parecia ter mais facilidade que ela para não descuidar a relação afectiva em prol da profissional. Sempre chegava com detalhes a casa. Uma flor, uns doces ou simplesmente um convite jantar fora. Com muita frequência, Maria levava trabalho para casa e via-se obrigada a recusar os convites para jantar, contentava o João com só um beijo e a seguir ia para o seu consultório e ficava com as suas ocupações.

Em outras ocasiões, Maria tratava de compensar essas atenções ignoradas, mas João negava-as. De modo que ambos ultimamente andavam dessincronizados, quando ele queria, ela não podia. Quando ela podia e queria, ele afastava-se. Antes, ambos devoravam-se, literalmente. Mas pelo visto, iam ter que se esforçar para recobrar o que fosse que se lhes tivesse perdido no caminho. Isto obcecava a Maria, que não queria ver essa relação desfazer-se simplesmente por culpa da sua ausência.

Com essas reflexões na cabeça, Maria tirou a sua roupa, disposta a relaxar-se com um delicioso banho. A água quente e o gel fazia milagres nela. Viu-se um momento ao espelho. O reflexo devolveu-lhe a imagem de uma mulher madura, elegante e atraente, com uma figura levemente mais forte do que ditavam as revistas de modas. Os seus olhos são de cor mel e a tez da sua pele, morena clara. É alta, media um metro e setenta e oito, o seu corpo tem curvas de ficar com a cabeça tonta, só de as olhar. Uns peitos perfeitos, não demasiado pequenos, não muito grandes. Os mamilos eram grandes e as auréolas, algo escuras. O seu ventre era plano e um discreto velo cobria a sua intimidade. Como latina típica, Maria era dona de umas ancas perfeitas e umas nádegas redondas e suculentas.

Maria não se deteve demasiado tempo nessa contemplação e abriu as torneiras de água quente e fria, combinando ambas até atingir a temperatura ideal, de seguida entrou e deixou que a água corresse pelo seu corpo nu e exercesse a sua virtude regeneradora.

Agarrou o sabonete de glicerina e começou a deslizar pela sua pele. Fechou os olhos e concentrou-se em desfrutar a fragrância que agora se aprisionava ao seu corpo. Passou o sabonete pelos peitos e mamilos que responderam ao acto. Com os olhos fechados, Maria abandonou-se ao deleite que lhe produzia essa carícia e escapou-se um sussurro: “*Ohhh, João…”.

O sabonete seguiu a sua trajectória ventre abaixo, deixando um rasto de espuma e perfume. Maria estava relaxada, apaziguada e excitada. A sua mão internou-se nas profundidades das suas coxas e a espuma começou a crescer nos pelos púbicos do seu sexo. No inicio acariciou-se a si mesma com um pouco de timidez, mas o prazer crescia e o pudor encolhia-se. A rapariga meteu um dedo nos lábios do seu sexo e gozou com essa deliciosa invasão que a enchia um pouco, só um pouco.

Agora uma mão de Maria passeava-se entre os seus seios e a outra, estava no seu sexo. Teve que se apoiar na parede porque o prazer afrouxava-lhe as pernas. Notou que estava totalmente lubrificada e passou a língua pelos lábios secos. Sentia-se divina, uma deusa que desfrutava de si mesma sem medo nem reservas. Tão extasiada estava que não deu conta do momento em que João entrou no duche e colocou-se por detrás. Só reagiu quando escutou a sua voz: -“Isso é muito melhor quando feito por mim. Posso?”

Maria passou-lhe sabonete. A proximidade e o contacto do corpo do João, excitou-a ainda mais e começou a gemer suavemente. Sabia bem o que esperava deste duche. João ajustou a saída da água de forma que caísse nas costas de Maria. Ela extasia-se com a sensação do líquido e as mãos do seu homem começaram a ensaboar por trás. Ela encostou as suas nádegas contra o sexo dele, duro e todo erguido. João pergunta-lhe: -“Gostas?” e ela, entre gemidos conseguiu dizer que sim.

Das costas, as mãos ensaboadas de João passaram aos peitos. Cada mão dele apoderou-se dos peitos de Maria, que agora sentia um calor que a abrasava e um desejo que a atormentava cada vez mais. João que é um homem mais alto do que ela, de forma que nos seus braços ela era uma donzela frágil. Uma mão dele saiu de um dos peitos e foi descendo pelo ventre de Maria. Maria abriu instintivamente as pernas, a excitação não a deixava falar. Ele entendeu e cedo chegou ao seu sexo, molhadíssimo, excitadíssimo, quentíssimo.

Enquanto a acariciava, em momentos que João beijava e lambia a Maria por detrás, na nuca, nas orelhas, no pescoço, nas costas todos os recantos eram alvo dos lábios e língua do João. Maria estava derretida entre os braços desse homem que a desequilibrava de desejo. Como era que tinha podido se distanciar assim de um amante tão fogoso? A língua dele introduzia-se num dos ouvidos de Maria enquanto a sua mão já estava na posse do clítoris. Inclinou a cabeça para trás, olhou-o e sussurrou: -“ama-me, faz-me tua. Suplico-te.”

João colocou as mãos nos ombros de Maria e rodou-a, a alçou entre os seus braços e encostou-a contra a parede fria dos azulejos. Estavam em frente a frente, a excitação dela competia com a dele e fundiram-se num beijo húmido e selvagem. Ele a atraiu para ele e começou a esfregar-se com ela, para que sentisse o tamanho do seu sexo.

Agarrou-a pela cintura, alçou-a e ela passou-lhe as pernas à volta das ancas dele. Assim enlaçados, ele manobrou-a um pouco e a penetrou. Maria gemeu, começou a subir e a descer o seu sexo no interior do sexo de Maria, suavemente, pouco a pouco. A parede era o complemento perfeito para os braços dele, que a subiam e baixavam, enquanto o seu sexo ia enlouquecendo mais e mais. Agora, Maria e João estavam mais quentes que a água que saía das torneiras. Enquanto a possuía, chupava os peitos e o pescoço, ela abraçava o corpo dele com os braços e pernas, presa do prazer que lhe estava a dar esse homem.

A humidade de ambos os corpos ajudava às manobras que João fazia. Maria sentia-se totalmente cheia por dentro, parecia-lhe que João a atravessava com um tronco. Já não se lembrava da última vez que tinha tido semelhante prazer e que o sexo dele tivesse crescido tanto e isso levava-a à beira do orgasmo. Fez-lho saber com o beijo mais ardente que lhe tinha dado em muito tempo. As línguas de ambos estavam enlaçadas com tanto ardor como os seus corpos, sem intenção de afrouxarem. Ele respondeu a esse beijo penetrando mais profundamente, Maria, gritou.

Essa inesperada investida acelerou o clímax, Maria apertou-se contra o corpo do João que se deu conta que o orgasmo estava prestes a explodir e começou a investir com mais força, para acelerar também a sua chegada. Conseguiu-o e derramou-se dentro dela, enquanto Maria meia debruçada estremecia com o seu orgasmo. Os gritos de ambos confundiam-se com o ruído da água a cair.

Maria sentia-se inundada, satisfeita, plena de João. O seu homem, nunca tinha chegado assim e ela estava encantada por isso. Ele, por seu lado, sentiu que as forças o abandonavam por fim e baixou pouco a pouco o corpo da sua mulher. Ela tocou o solo com os seus pés mas seus braços e os dele mantiveram-se juntos.

E juntos mantiveram os seus lábios também, enquanto a água, agora um pouco mais fria, refrescava. Foi um duche reconfortante.

Beijos
J.